sexta, 19 de abril de 2024
GRUPO PRESO

Policiais do Garras desarticula quadrilha especializada em roubos de bancos

Por vídeos, os bandidos ainda davam ‘aulas’ de como roubar

22 março 2018 - 13h20Por Da Redação

O crime parece mesmo não ter limite. Uma quadrilha que arrombava e roubava bancos e além disso, ‘ensinava’ a roubar por meio de vídeos feitos direto da cadeia, foi desarticulada por policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras). 

De acordo com informações do Correio do Estado, o grupo agia em Campo Grande, cidades da região e também no Estado de Mato Grosso. A chefia era por conta de dois presos do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no Jardim Noroeste, na capital, que passavam as coordenadas aos comparsas e até mesmo vídeos de instrução pelo WhatsApp.

O delegado João Paulo Sartori disse em uma coletiva na manhã de hoje (22), que pelo menos dez pessoas estão envolvidas no esquema que era organizado em três núcleos: chefia, execução e apoio. 

Na liderança estavam Cleberson Nunes Pires Arcanjo, de 39 anos, e Melrison da Silva, 31, ambos condenados com passagens por roubo e furto, presos e responsáveis pela organização. Através das instruções deles, os demais arrombavam as agências usando serras e maçarico.

A reportagem do Correio do Estado também apontou como funcionava o segundo núcleo, o de executores. Faziam parte Weliton Felipe dos Santos Silva, 21 anos, um dos seis criminosos expulsos recentemente do Paraguai, Tiago Rodrigo da Silva, 35, envolvido em execução de John Hudson dos Santos Marques, de 27, ocorrida na Capital, Yatewith Oliveira Farias, 20, Caique Carlos Neves Braga, foragido, e Gilberto Costa Nascimento, também foragido. 

Por fim, o grupo de apoio contava com três mulheres identificadas como Janaína Andrade de Souza, 29, Jhecylli dos Santos, 20, e Renata Alchanjo Rodrigues, 36, responsáveis por serviços como comprar e armazenar as ferramentas que seriam utilizadas nos assaltos. Em imagens de câmeras de segurança, foram identificadas que algumas delas também desligavam a energia das unidades financeiras, para desativar o alarme.

Sartori explicou que a organização tinha conexões com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). 

"Alguns dos envolvidos já estavam presos, outros foram presos em investigação de homicídio e os demais, como as três mulheres, foram presos em ação do Garras na madrugada de terça-feira (20)", explicou.

Crime

À imprensa, Renata disse que não tem ligação com o crime organizado e que foi enganada. Uma desconhecida, segundo ela, teria deixado as ferramentas na casa dela por três dias, após contato por WhatsApp. 

"Ela pegou meu número com outra pessoa, pediu minha localização e foi lá em casa deixar os materiais. Eu nem estava lá, foi outra pessoa que recebeu. Eu sou trabalhadora e nunca me meti com isso, meu erro foi me envolver com gente errada", se justificou.

Cleber, um dos líderes do esquema, assumiu a responsabilidade e disse que todos os envolvidos, assim como ele, deveriam pagar por seus atos, mas quem não tinha nada a ver, como as mulheres, deveria ser liberado. 

"Elas não deveriam estar aqui, não têm nada a ver, são laranjas. A Renata mesmo, eu a conheci por aplicativo de celular, disse que era empresário do ramo da construção civil e que precisava de guardar as ferramentas, e ela acreditou".

 

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