terça, 23 de abril de 2024
POLÍCIA

Polícias fazem operação contra grupo que estaria ligado a execuções em MS; delegado é um dos presos

Há diversas equipes nas ruas. Uma delas em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.

18 junho 2020 - 09h30Por G1MS

Polícias de Mato Grosso do Sul fazem nesta quinta-feira (18) operação que teria como alvos pessoas ligadas a um grupo suspeito de execuções no estado. Segundo as primeiras informações, há diversas equipes nas ruas de vários municípios para cumprir mandados expedidos pela Justiça. Esta seria a terceira fase da operação Omertá.

Um delegado de Polícia Civil lotado em Campo Grande está entre os presos na operação. Entre os locais em que a ação é realizada está também uma residência de luxo em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Na entrada do imóvel, há diversos policiais armados com fuzis e viaturas.

Operações

A primeira fase da operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e o Gaeco prenderam empresários, policiais e, na época, guardas municipais, investigados por execuções no estado.

Na segunda fase, em março de 2020, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apreendeu arma no apartamento do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-deputado estadual, Jerson Domingos, em Campo Grande.

Execuções

A suspeita é que o grupo tenham executado pelo menos três pessoas na capital sul-mato-grossense, desde junho de 2018. Outras mortes também estão sendo investigadas.

A última morte atribuída ao grupo é do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. Ele foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na frente de casa, para pegar o dele e buscar o irmão mais novo na escola.

Pouco mais de um mês depois, no dia 19 de maio de 2019, policiais do Garras e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) apreenderam um arsenal com um guarda municipal, em uma casa no Jardim Monte Líbano. Foram apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições.

Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, esse arsenal pertencia ao grupo preso na operação Omertà.

Milícia

A chefia do grupo é atribuída pela polícia ao empresário Jamil Name, seguida do filho dele, Jamil Name Filho. Ambos e mais um policial suspeito de envolvimento na milícia estão presos desde a primeira fase da operação Omertá e estão no Presídio Federal de Mossoró.

Um suposto plano da milícia do jogo do bicho para matar um promotor de Justiça e um delegado que comandaram as investigações que desarticulou o grupo em Mato Grosso do Sul foi descoberto em um pedaço de papel higiênico em uma cela do presídio onde os três estão.

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