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Preso no Paraguai, Marcelo Piloto está condenado a 26 anos no Brasil

30 outubro 2018 - 08h00Por Da Redação

Preso há quase um ano no Paraguai, de onde comandava o envio de drogas e armas para os morros cariocas dominados pelo Comando Vermelho, o narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, tem 26 anos de prisão a cumprir no Rio de Janeiro.

Na semana passada, após o serviço de inteligência da polícia paraguaia descobrir dois planos de resgate do traficante em 20 dias, a juíza penal de garantias Alicia Pedrozo aceitou o pedido de extradição de Marcelo Piloto para o Brasil, mas a medida deve demorar para ser cumprida.

Ele só deve ser entregue à Polícia Federal brasileira após ser absolvido ou cumprir a pena pelos crimes de homicídio e uso de documento falso em território paraguaio.

Penas 

Marcelo Piloto tem uma condenação de 21 anos de prisão por assalto, determinada pelo 30º Tribunal Criminal do Rio de Janeiro e outra a cinco anos de reclusão, também por assalto, estipulada pelo 1º Tribunal Regional de Madureira (RJ).

Preso em dezembro do ano passado em Encarnación, nas margens do Rio Paraná, Marcelo Piloto está recolhido atualmente na Agrupación Especializada, sede de um grupo de elite da Polícia Nacional.

No dia 4 de outubro, a polícia paraguaia descobriu um arsenal na capital daquele país e prendeu cinco cariocas que se preparavam para atacar o quartel onde Piloto está para resgatá-lo. Entre os presos estava a mulher do traficante.

Na quarta-feira passada, policiais paraguaios mataram três brasileiros do Comando Vermelho na cidade de Presidente Franco, a 300 km da capital Assunção. Além de armas, os brasileiros estavam com um carro-bomba com 84 quilos de dinamite em gel, que seria usado para explodir a cadeia.

Entretanto, desde que Marcelo Piloto foi preso, o Paraguai afirma ter frustrado pelo menos outras quatro tentativas de resgate. A primeira ocorreu em fevereiro deste ano, quando policiais brasileiros prenderam membros da facção criminosa no Rio de Janeiro e alertaram a polícia paraguaia sobre o plano de fuga.

Segundo a polícia brasileira, operando do Paraguai, Piloto comandava o envio de drogas e armas para comunidades cariocas, como Mandela I, II e III, e o conjunto de favelas de Manguinhos.

 

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