terça, 23 de abril de 2024

Quadrilha suspeita de furtar gado no MS é desarticulada

27 abril 2016 - 11h00
Quadrilha especializada em furto de gado foi desmantelada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) e Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo. Os oito integrantes foram presos levando 90 cabeças em fazenda na área rural daquele município.

Conforme o Correio do Estado, eles haviam invadido a Fazenda Santa Rita e usavam três caminhões boiadeiros para transportar os animais pela MS-357. Os motoristas dos veículos também tinham conhecimento do crime, segundo a Polícia Civil.

"Cada um deles tinha sua tarefa específica na ação desenvolvida, havendo o responsável pelo levantamento das propriedades cuja vigilância era vulnerável, também aqueles responsáveis pelo manejo do gado e ainda os chefes que controlavam tudo", detalhou a Polícia Civil, em nota.

Ainda conforme o portal, para interceptar os suspeitos, os policiais realizaram uma grande operação. A intenção do grupo era tentar driblar qualquer tipo de fiscalização, por isso atuava somente à noite. Para facilitar a localização do gado, eles agiam quando havia lua cheia, por isso ficaram conhecidos como os "bandidos da lua".

Segundo a investigação, o líder deles é Franter Lemos Maia, 40 anos. O apoio operacional era dado por Dilson Aparecida Almada, de 39 anos. Ambos já foram investigados por outros furtos de gado.

Completam a quadrilha Jairo Cesar Lacerda, de 54 anos, encarregado do levantamento das propriedades, Emerson de Souza Silva, de 38 anos, Sérgio Lima Dantas; e os irmãos Cícero José Faria, 44 anos, Marco Antonio de Faria, 33 anos, e Julio Cesar de Abreu dos Santos, 29 anos.

ESQUEMA

O trabalho de investigação identificou que os suspeitos pagavam até cinco vezes mais para os donos de caminhões para o transporte da carga furtada. No crime registrado na Fazenda Santa Rita, por exemplo, o gado iria para Água Clara, percorrendo em torno de 100 km. O destino final foi indicado como sendo Araçatuba (SP).

O frete normal sairia por R$ 1 mil, de acordo com a polícia, mas neste caso seriam pagos R$ 5 mil. "Ainda é investigado a participação de outras pessoas no crime, já que para viabilizar o transporte foram emitidos documentos ideologicamente falsos", informou nota.

Entre as falsificações estão guia de transporte animal (GTAs) e notas fiscais.

Os policiais civis apreenderam na operação três caminhões Mercedes Benz, uma motocicleta e uma Amarok. Essa caminhonete é de Franter Lemos Maia e fora apreendida em outros crimes sendo utilizada como "batedora" de caminhões.

Em depoimento, eles assumiram outros três furtos na região de Ribas do Rio Pardo, um ocorrido em 2015 e os demais neste ano.

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