quinta, 25 de abril de 2024

Estudo afirma que Dilma tem 'mãos amarradas'

Estudo afirma que Dilma tem 'mãos amarradas'

01 agosto 2011 - 08h35Por Terra
Os números do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) mostram que, até o momento, a presidente Dilma Rousseff não conseguiu fazer a prometida puxada nos investimentos. E, a julgar pelo momento político e econômico, não será possível transformar o quadro tão cedo. É o que mostra análise elaborada pelo economista Felipe Salto e pelo cientista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências. Com base em informações colhidas no Siga Brasil, o estudo revela que até o dia 27 de julho o governo pagou R$ 13,5 bilhões em despesas do PAC. Desses, R$ 11,3 bilhões, ou 83,7%, eram gastos contratados no governo Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Os números mostram que ela (Dilma) tem as mãos amarradas. Se ela praticamente só paga restos de exercícios anteriores, quer dizer que os gastos do PAC até agora tiveram pouca influência de programas novos adotados por iniciativa da presidente", analisa Salto. A prometida decolagem dos investimentos dependeria, segundo Cortez, da realização de reformas que permitissem reduzir gastos com pessoal e outras despesas obrigatórias que deixam pouco espaço para investir. Hoje, gastos fixos - como salários, previdência, dívida e repasses a Estados e municípios - consomem R$ 9 de cada R$ 10 que o governo arrecada. Resta apenas R$ 1 para investir. A aproximação com os parlamentares foi dificultada pelo corte de R$ 50 bilhões no Orçamento anunciado em fevereiro, o que praticamente inviabilizou a liberação de recursos para emendas de parlamentares e causou descontentamento na base. Além disso, observou Cortez, Dilma adotou um estilo centralizador nas nomeações para o governo. "Tudo isso tudo gerou desgaste com a base", disse Cortez.

Deixe seu Comentário

Leia Também

ECONOMIA

Alimentos ultraprocessados ficarão fora do Imposto Seletivo

EDUCAÇÃO

Segunda parcela do Pé-de-Meia começa a ser paga nesta quinta-feira

GERAL

Moradores do campo ainda são mais afetados por insegurança alimentar

DIREITOS HUMANOS

Uma em dez famílias enfrenta insegurança alimentar moderada ou grave