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Justiça Eleitoral consegue notificar Puccinelli em evento com o ministro da Saúde

Justiça Eleitoral consegue notificar Puccinelli em evento com o ministro da Saúde

31 agosto 2012 - 00h00Por Fonte: Midiamax
A Justiça conseguiu, na manhã desta quinta-feira (30), notificar o governador André Puccinelli (PMDB) sobre ação por abuso de poder por conta de vídeo, publicado pelo Midiamax, que indica coação de servidores para votar nos candidatos governistas. O aviso ocorreu em evento público com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP), em hotel de Campo Grande.

O governador foi abordado logo ao chegar ao encontro por um oficial de Justiça e assinou o documento. Antes, entretanto, ele se negou a assinar a notificação, mas acabou mudando de ideia após o oficial informar que iria avisar a Justiça da negativa do governador.

Indagado sobre o teor do texto, ele demonstrou irritação e afirmou só dar entrevista no final do evento. A reportagem, no entanto, estava próxima de Puccinelli e viu o despacho da juíza Denize Dódero Rodrigues, que analisa a ação por abuso de poder.

Pouco depois, já na mesa das autoridades, o governador disse que não leu a notificação. “Eu não li, mas tenho a contraprova”, disse. Ao lado do ministro, ele ainda fez questão de mostrar tranqüilidade. “Não devo nada a ninguém”, comentou.

Na terça-feira (28), o advogado Lincon Ben Hur, da coligação “A Força da Gente”, do candidato Alcides Bernal (PP), adiantou a decisão da juíza de notificar Puccinelli. Ele, porém, assinou nesta manhã dois avisos. O outro, segundo o advogado Júnior Riskallah, é referente à AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) da coligação “Novo Tempo”, do candidato Reinaldo Azambuja (PSDB).

As duas ações pedem a apuração de crime de abuso de poder por coação de servidores para votar nos candidatos governistas na eleição em Campo Grande. Além do governador, estão na mira da Justiça o candidato a prefeito Edson Giroto (PMDB) e seu vice, Dagoberto Nogueira (PDT), por serem beneficiários diretos da atitude de Puccinelli.

Nos processos, as coligações pedem a inegibilidade de Puccinelli, Giroto e Dagoberto por oito anos e a cassação do registro da candidatura dos dois. Segundo Riskallah, Puccinelli tem cinco dias para responder à notificação.

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