A clínica geral foi a especialidade que mais perdeu vagas, com redução de 533, seguida pela pediatria que perdeu 297, obstetrícia com menos 203 e cirurgia geral, que deixou de oferecer 143 leitos.
Segundo os dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), do Ministério da Saúde, em todo País são quase 42 mil leitos desativados nos últimos 7 anos.
Para o CFM, os problemas do SUS estão ligados a falta de recursos e uma política eficaz de presença do Estado na área da saúde. O Conselho considera que o problema foi simplificado pelos gestores, que atribuem a falta de médicos ao problema da saúde e não levam em consideração problemas como a falta de infraestrutura física, políticas de trabalho eficientes para os profissionais e financiamento comprometido com o Sistema Único.
Mato Grosso do Sul tem o 11° maior percentual de profissionais do Brasil, com 1,63 médicos para cada mil habitantes, num total 3.983. A média nacional é de 1,95 médicos, índice considerado suficiente pelo Conselho e que coloca o Brasil em 5° maior número do mundo.
Uma das dificuldades apresentadas é distribuição desses profissionais pelo país, já que 72% deles estão em nas regiões Sul e Sudeste. Para mudar essa situação, o estuda aponta que são necessários investimentos em materiais, equipamentos e leitos, planos de cargos e salários e vinculo empregatício.
O estudo aponta que o Brasil aparece com o menor percentual de participação do setor público no investimento per capita em saúde entre os países que oferecem sistema universal de saúde, que entre outros fatores, resulta numa maior taxa de mortalidade neonatal expectativa de vida. No País são investidos US$ 921 por paciente, com US$ 401 do setor público, uma participação que corresponde a 44% dos gastos. Já o índice de mortes é de 12 para cada 1 mil nascimentos e a expectativa de vida é de 73 anos.
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