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Se não bastasse as acusações sobre suposta doação irregular de terrenos em Maracaju, o prefeito Celso Vargas (PDT) enfrenta uma crise sem precedentes a ponto de ter de atrasar os salários dos servidores municipais.

Em recente entrevista coletiva à imprensa local, Vargas atribuiu o arrocho que decretou na prefeitura à crise financeira internacional, sobretudo a queda verificada no repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).


Ao decretar o ajuste nas contas públicas, o prefeito criou um “Grupo de Trabalho” para avaliar convênios, contratos e folha de pagamento da prefeitura.


O prefeito argumenta que a crise mundial que assolou os municípios de todo Brasil, associado à queda gradativa do repasse do ICMS para Maracaju, o levou a tomar decisão de formar o grupo de trabalho, composto por secretários municipais, para estudar, analisar e reavaliar convênios municipais, contratos e adequações na folha salarial dos servidores.


“Esses ajustes são necessários para que possamos colocar as finanças em dia e cumprir com nossos fornecedores e servidores municipais”, afirmou.


Segundo ele, isso foi possível para dar continuidade às obras, programas e assegurar com a normalidade os serviços essenciais à população.


Vargas aponta uma queda do ICMS de 2,44% em 2009; 2,11% em 2010 e este ano baixou ainda mais para 2,07%.


Ele ponta também como consequência da crise a ausência de um setor industrial, a aquisição de áreas para programas habitacionais e as contrapartidas de recursos nas obras em âmbito federal e estadual.


Devido a este ajuste e análise do grupo de trabalho, o prefeito avisou que a folha de pagamento, que desde 2009 foi paga sempre no quinto dia útil de cada mês, será paga somente na semana que vem.
Willams Araújo