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Adotar criança 'maior' é um ato de amor e derruba tabu

Adotar criança 'maior' é um ato de amor e derruba tabu

25 abril 2012 - 14h40
Douradosnews


Recentemente um caso em Campo Grande, chocou todo o estado, após um filho adotivo de um policial aposentado, entrar no quarto do pai, pegar uma arma, e matar seus irmãos, sendo uma garota de 22 anos e de um rapaz de 20. O crime trouxe à tona o preconceito sofrido por pais e filhos adotivos.

O publicitário e pai adotante, Arildo Teixeira, diz ter outra visão deste fato, pois de acordo com ele quem faz essa distinção e tem preconceito é a própria sociedade. “a sociedade que faz esta separação, pois o amor é incondicional, o amor é construído no dia-a-dia, e a cada dia que passa me sinto mais apaixonado pela minha filha, pois nem lembro que ela não é do meu sangue” afirmou.

Arildo afirmou ainda que as pessoas que adotam crianças maiores quebra um tabu que a sociedade não aceita. "Além de ser um ato de amor, mostra para toda a sociedade que a educação e o carinho que a criança precisa, vai ajudar torná-la uma pessoa de caráter e de personalidade" explicou.

Arildo enfatizou ainda, que o caso desse garoto foi isolado, pois há vários outros casos de destruição familiar de pais e filhos biológicos. "Recentemente vimos sobre um caso de um neto que matou o avô, neto este biológico, outro caso que chocou a sociedade de Mato Grosso do Sul, foi a do pai de Itaporã que matou o filho biológico, o enteado e a esposa a facadas. Vendo tudo isso, não podemos recriminar o rapaz que matou seus irmãos, claro que, ele cometeu um crime e deve pagar, mas não por ser adotado” afirmou.

Teresa B. de Souza, professora e presidente do Grupo de Apoio a Adoção de Dourados, e mãe de três crianças adotivas, contou um pouco de sua história “Depois que tive a minha filha, tive um problema logo após o parto e não pude mais ter filhos, quando minha menina estava com três anos, decidimos adotar uma criança para fazer companhia a ela, e quando chegamos ao lar nos deparamos com um menino de sete anos, que acabara de ser rejeitado por uma família, nos apaixonamos por ele, e após algum tempo ele começou a frequentar a nossa casa e logo em seguida nós o adotamos, e lá se foram 23 anos” contou.

Após esse tempo mais duas integrantes chegaram à residência da professora. “Um dia, fomos convidados para participar de um evento no lar Ebenezer, e lá conhecemos uma das meninas e durante a conversa ela falou que tinha uma irmã, conhecemos as duas, depois de um tempo, nós ficamos tocados com elas, que pediram para nós sermos os seus pais. Depois de muita conversa resolvemos adotar as duas. Hoje me sinto muito satisfeita e feliz com elas, que são uns doces de meninas. Elas estão com a gente há dois anos, uma tem 10 e a outra 11 anos, e tem sido um experiência gratificante, é um amor construído, dia após dia” afirmou.

Teresa disse ainda que as pessoas que desejam adotar ou conhecer um pouco mais sobre a adoção pode participar do Grupo de Apoio. “Todo mês nos reunimos, e trocamos experiências, no blog do grupo também tem muitos depoimentos e experiências que ajudam os casais” contou.

Para saber mais acesse: www.gaadacolher.blogspot.com.br/

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