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Morte de homens jovens é até 4 vezes maior que de mulheres

Morte de homens jovens é até 4 vezes maior que de mulheres

16 novembro 2011 - 14h00
G1


O registro de mortes entre jovens do sexo masculino é até quatro vezes maior do que o verificado entre jovens do sexo feminino, apontam dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, na faixa etária de 20 a 24 anos, 80,8% das mortes são masculinas (420 para cada 100 femininas).

Proporções elevadas também são verificadas nos grupos de 15 a 19 anos e de 25 a 29 anos, com 350 e 348 mortes masculinas para cada 100 femininas, respectivamente.

Ao todo, o IBGE registrou, entre julho de 2009 e agosto de 2010, 1.034.418 mortes, das quais 57,2% são de homens.

É a primeira vez que o Censo quantifica a ocorrência de mortes por domicílio em seu levantamento geral. Nas pesquisas anteriores, já registrava essa discrepância na mortalidade por gênero, mas em consultas feitas por amostragem, isto é, que abordaram um universo menor de pessoas.

Os números, considerados "excessivamente elevados", são decorrentes, segundo o IBGE, de causas externas, como homicídios e acidentes de trânsito.

Estatísticas da própria instituição mostram que, em 2009, do total de mortes registradas, 10,2% (110.074) eram atribuídas a causas violentas e, desse total, 84,1% (92.545) das vítimas eram do sexo masculino. Entre jovens de 20 a 24 anos, o IBGE registrou 27.369 mortes, das quais 61,3% (16.775) eram de natureza violenta e 90,2% tiveram como alvo homens.

Mortalidade Infantil
O Censo Demográfico 2010, em levantamento inédito, indica ainda que, em 30 anos, houve queda de 85,4% no percentual relativo à morte de crianças com até 1 ano.

Entre julho de 2009 e agosto de 2010, 3,4% do total de óbitos registrados pelo IBGE foram relativos a essa faixa. Em 1980, segundo a Pesquisa Estatística do Registro Civil, também do IBGE, 23,3% das mortes ocorreram nesse período da vida.

Os estados das regiões Sul e Sudeste estão todos abaixo da média nacional de 3,4%. A menor taxa é a do Rio Grande do Sul (2,1%), seguido de Rio de Janeiro (2,3%) e Minas Gerais (2,7%). No outro extremo, estão Amazonas (8,1%), Amapá (7,9%) e Maranhão (7,1%).

Nascimentos
O IBGE também identificou que 98,1% das crianças com até 10 anos tinham o nascimento registrado em cartório. Nas populações indígenas, o número cai para 67,8%.

Dentre os menores de um ano, o índice de registro de nascimento é de 93,8% - as taxas mais baixas foram registradas nas regiões Norte (82,4%) e Nordeste (91,2%).

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