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Presidente da associação de praças militares nega que ameaças de paralisações sejam de caráter nacional

Presidente da associação de praças militares nega que ameaças de paralisações sejam de caráter nacional

11 fevereiro 2012 - 07h18
Agência Brasil

O presidente da Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares Estaduais (Anaspra), o soldado Pedro Queiroz, negou que as ameaças de paralisação de profissionais da segurança pública de diferentes estados sejam resultado de um movimento organizado nacionalmente. A entidade representa soldados, cabos, sargentos e subtenentes, ou seja, policiais não graduados, de todo o país.

Procurado pela Agência Brasil, Queiroz, que é policial militar do Ceará, declarou que a greve de dos policiais militares baianos e fluminenses e as ameaças de a categoria parar em outras unidades da Federação como Pernambuco e o Distrito Federal são fruto da resistência dos governos estaduais em negociar com as associações de classe. Em alguns locais, os oficiais, inclusive, ameaçam aderir às manifestações.

“É pura coincidência. Resultado de as pautas de reivindicação - que são específicas e tratam de itens diferenciados, conforme as necessidades locais - não estarem sendo atendidas por governos estaduais”, disse Queiroz, por telefone. “Lamentamos que o ano tenha começado desta forma. Defendemos o diálogo e eu recomendo que os companheiros [policiais e bombeiros] sejam razoáveis e busquem continuar negociando, mesmo que, para isso, tenham que buscar apoio em outros segmentos da sociedade a fim de contornar a resistência de alguns governos estaduais”.

Queiroz também destacou que a mobilização nos estados não tem relação com a tramitação, no Congresso Nacional, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300. De autoria do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) , o texto prevê que os soldos de policiais de todo o Brasil sejam equiparados aos do Distrito Federal. Para o sindicalista, o texto é inviável.

Ele alega que a Anaspra defende a aprovação da PEC 446 (que, no Senado, tramita como PEC 41) como solução viável para a criação do piso nacional para policiais e bombeiros, proposta aprovada durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), em 2009.

“Sempre apoiamos a criação de um piso nacional. Mas isso é uma discussão que nada tem que ver com a mobilização nos estados. Até porque, entendemos que a PEC 300 não tinha como vingar porque propõe o valor nominal do piso e a equiparação do resto do país com Brasília. Já a PEC 446 é viável justamente por não especificar nada disso, que seria regulamentado posteriormente. Tanto que foi aprovada no Senado sem nenhum alarde”, concluiu Queiroz.

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