sexta, 29 de março de 2024

Saiba o que observar ao comprar um sapato

Se sapato incomodar na loja, provavelmente não ficará confortável depois

26 setembro 2013 - 14h40
Bem estar



Comprar um sapato novo é muito bom e todo mundo gosta. Mas nos primeiros dias de uso, geralmente os pés costumam sofrer alguns incômodos e o prazer da compra pode se tornar um pesadelo.
O Bem Estar recebeu a pediatra Ana Escobar, o ortopedista e especialista em pés Mauro Dinato e o designer de sapatos Mauricio Medeiros para dar dicas de como deixar os sapatos novos mais confortáveis para evitar problemas, como calos, dores e bolhas nos pés.

Antes de fazer a compra, é preciso primeiro pensar na possibilidade do sapato ser difícil de alargar. Além disso, até mesmo a hora da compra interfere - no fim da tarde, os pés costumam inchar e, por isso, é o melhor momento para comprar. É também extremamente importante provar os dois pés e andar na loja, em pisos duros e carpetes, para avaliar se eles são confortáveis - de acordo com o designer de sapatos Mauricio Medeiros, se houver um desconforto já na loja, é muito improvável que o sapato vá ficar confortável em algum outro momento. É preciso prestar atenção ainda onde os calos aparecem nos pés para comprar calçados que não causem atrito nesses pontos e sentir também as costuras internas que podem causar bolhas.

Depois da compra, é importante começar usando o calçado novo gradativamente até que ele vá se acomodando aos pés.

Como explicou o designer de sapatos Mauricio Medeiros, apenas os sapatos de couro podem ser expandidos e, para que isso seja feito, a dica é colocá-los com uma meia grossa e depois, usar um secador de cabelo por 30 segundos à distância de um palmo. O especialista alertou que aquecer sapatos de plástico pode danificá-los e, por isso, não é o ideal.

Existem ainda pomadas e pastas incolores vendidas em sapatarias que têm a função de amaciar o calçado. Esses produtos devem ser aplicados diretamente no couro para depois secarem – segundo o designer de sapatos, isso pode aumentar entre 2% a 4% do tamanho.

Todos esses cuidados são importantes para evitar problemas, como por exemplo, as bolhas, muito comuns principalmente nas mulheres que passam muito tempo com salto alto, como mostrou a reportagem da Renata Ribeiro.

De acordo com a pediatra Ana Escobar, elas acontecem quando a pele sofre uma agressão e inflama depois de ficar muito tempo em atrito com o sapato. Essa inflamação provoca uma vasodilatação que forma um líquido transparente, formando a bolha. Em alguns casos, o atrito é tão intenso que os vasos podem romper e causar uma bolha hemorrágica, ou seja, com sangue. De acordo com o ortopedista Mauro Dinato, não é recomendado estourar as bolhas e, para quem tem o problema, é preciso usar alguns curativos na hora de colocar o calçado para evitar um atrito maior.

Outro problema bastante comum é o calo, uma pele grossa que se forma também por causa do atrito contínuo do sapato. Em alguns casos, como lembrou o ortopedista Mauro Dinato, o calo surge por causa de um osso pontiagudo e é preciso operar.

Em outros, eles podem se formar em áreas de maior pressão causadas por problemas como joanete, pé cavo, pé plano, entre outros. Quem tem calo pode usar cremes à base de ureia ou lixas para retirá-lo, mas sem excessos já que a pele pode ficar muito sensível e favorecer que ele volte. Já quem tem joanete, inclusive, deve escolher sapatos que não apertem nessa região, como os de bico fino ou couro rígido. Pessoas que sentem dores por causa de problemas como pé plano ou cavo podem também recorrer à palmilha, que alivia esses incômodos.





Salto alto
O uso do sapato alto com frequência joga os pés para a frente, encurta a musculatura da panturrilha e e espreme os dedos - por isso, é importante evitá-los, se possível, como alertou o ortopedista Mauro Dinato.

As crianças, principalmente, não devem usar salto porque eles prejudicam a formação do arco dos pés e impedem que o movimento da pisada seja completo – a dica para os pequenos é usar calçados que ajudem no desenvolvimento da pisada, como explicou o fisioterapeuta Daniel Ribeiro.

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