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Difusora entrevista jornalista de Ponta Porã ameaçado por delegado?

Difusora entrevista jornalista de Ponta Porã ameaçado por delegado?

09 novembro 2011 - 15h30
Mercosulnews

O radialista Iramar Ferreira entrevistou na manhã desta terça-feira (8), durante o programa Boca do Povo, na Difusora 1340, o radialista e jornalista Sebastião Néris do Prado, 46 anos, o ‘Tião Prado’, que ao vivo, direto de Ponta Porã (MS), relatou o episódio que resultou em ameaças contra sua pessoa, feitas por um delegado de Polícia Civil.

Após dar início a processo contra vários profissionais da Imprensa e veículos de comunicação de Ponta Porã, Dourados e Aral Moreira, por suposta ‘calúnia e difamação’, o delegado Marcius Geraldo Santos Cordeiro, lotado como adjunto na Delegacia de Polícia Civil de Amambai, teve a ousadia de ameaçar um dos jornalistas que ele está acionando na Justiça.

O crime ocorreu por volta 18h do último dia 26 de outubro, dentro da Câmara Municipal de Ponta Porã, diante de testemunhas. A vítima foi o jornalista e radialista Tião Prado, que além de manter um programa diário na rádio Cerro Corá FM, de Pedro Juan Caballero (Paraguai) e escrever para o site Conesul News, também é assessor de Imprensa do Poder Legislativo.

Tião Prado registrou queixa da ameaça no 1º Distrito Policial. No dia 26, Marcius Cordeiro havia saído de uma audiência no Fórum de Ponta Porã, quando esteve frente a frente com profissionais do Jornal da Praça e do site Mercosul News, que estão entre os ‘processados’ pelo delegado. Ele se dirigiu à Câmara Municipal, onde estava tomando posse o novo delegado regional de Ponta Porã, Sandro Márcio Pereira.

Tião Prado contou que estava na Câmara Municipal trabalhando e naquele momento conversava com o promotor de Justiça Upiran Jorge Gonçalves da Silva, de Dourados e com o colega de Imprensa Ednilson Ramão Vilhalba (Ed Moreno), quando surgiu o delegado Marcius Cordeiro, que interrompeu a conversa e agarrou o jornalista pelo braço, em tom de ameaça, dizendo que era o autor do processo também contra Tião Prado.

De acordo com Tião Prado, o delegado advertiu-o de que “as coisas não vão ficar assim” e que iria fazer de tudo para que o jornalista fosse “condenado” e pagasse “o que a justiça determinar”. O delegado também atacou a imprensa da fronteira, dizendo que “os jornalistas de Ponta Porã se acham muita coisa, mas na realidade não são nada disso”. Publicamente constrangido e se sentindo ameaçado, Tião Prado disse que conseguiu se soltar do delegado e se retirou, deixando-o ‘falando sozinho’.

Apoios

Durante a entrevista o radialista Iramar Ferreira prestou solidariedade ao colega de comunicação destacando que “a Imprensa tem o dever de continuar denunciando, mesmo que isso resulte em ameaças e agressões”. Já o jornalista Lile Corrêa enfatizou ao radialista Tião Prado que “o Clube de Imprensa da Região Sudoeste está do lado dos profissionais de Imprensa e que ameaças não podem calar a voz dos jornalistas e radialistas da fronteira”.

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