quinta, 12 de setembro de 2024

Golpe da lista telefônica volta a fazer vítimas

Golpe da lista telefônica volta a fazer vítimas

23 maio 2012 - 13h10
Mercosulnews


Depois de um tempo “adormecido”, o golpe da lista telefônica voltou a fazer vítimas na fronteira, conforme informou nesta terça-feira a Coordenadoria do PROCON em Ponta Porã. O advogado Fábio Caffarena, titular do órgão, disse que em 2010 foram registradas 50 queixas; em 2011 o número caiu para apenas cinco, mas, nos últimos três meses já foram encaminhadas 15 reclamações, o que vem preocupando a Coordenadoria de Defesa do Consumidor.
O golpe funciona assim: a empresa fraudulenta liga para pessoas jurídicas (parece já obter um cadastro completo da empresa em mãos) dizendo ser da empresa que confecciona listas telefônicas e induz a vítima a acreditar que se trata da Listel (empresa autorizada oficialmente para confeccionar as listas telefônicas).

O funcionário da empresa (vítima) que atende ao telefone ouve a seguinte informação: “estamos enviando um fax com as informações cadastrais da sua empresa para confirmação dos dados”. O funcionário da empresa que recebe o fax confirma as informações, assina e devolve o documento.

Só que nas entrelinhas e em letras bem miúdas, está a contratação de uma publicidade num site da “terra do nunca”. O que não é invisível é o boleto bancário que chega logo a seguir para a empresa pagar. Há casos, como o mais recente, da cobrança de R$ 898,00. Outros casos chegam ao absurdo de 12 parcelas de R$ 598,00.

Quando a empresa (golpista) é contatada por telefone (uma delas é a Portal W Brasil, mas existem mais de 20 nomes de fantasia) diz que pode suspender o contrato, porém sob o pagamento de uma multa rescisória. Há casos em que o funcionário que assinou o contrato – inadvertidamente – acaba pagando a multa do próprio bolso, como ocorreu com uma secretária que desembolsou R$ 1.200,00 para não comprometer o patrão, nem ver o nome da firma negativado no SCPC, como ameaça a contratada.

Diante disto, o PROCON alerta aos comerciantes e empresários que não assinem qualquer tipo de documento cadastral, sem verificar sua procedência e para que orientem seus funcionários para que não o façam. Caso isto ocorra, não pague nada. Entre em contato com o PROCON. Em 90% dos casos o PROCON consegue a anulação total do contrato com um simples telefonema. Em outros casos, é registrado um boletim de ocorrência na Polícia Civil e é aberto um procedimento oficial.

A propósito, nos episódios registrados como fraude ou tentativa de golpe, não há inserção de qualquer tipo de publicidade compensatória em algum site ou em qualquer outro veiculo de comunicação, nem tampouco circula a prometida lista telefônica

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