O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e a secretária de Estado de Educação Maria Cecília Amendola da Motta vão se reunir possivelmente nesta semana para discutir o adiamento das aulas na rede estadual de ensino.
No atual calendário, o início está marcado para 15 de fevereiro, mas a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) solicitou que essa data seja revista para 29 de fevereiro. O jornal Correio do Estado noticiou na semana passada que essa mudança era uma tendência para amenizar a situação de várias cidades que enfrentam problemas com os estragos causados pela chuva.
As prefeituras tem convênio com o governo do Estado para realizar o transporte de alunos e como algumas vias utilizadas pelos veículos, tanto ônibus como vans, apresentam trechos com difícil acesso esse serviço deve ficar prejudicado.
O adiamento das aulas seria um alento para governos municipais e estadual conseguirem recuperar estradas
para garantir que os veículos consigam buscar os estudantes.
As aulas nas redes municipais em Mato Grosso do Sul estão previstas para começar em 29 de fevereiro, justamente para garantir esse período maior de intervenção em estradas e vias. Além disso, algumas cidades tem usado unidades escolares para servir de abrigo, como é o caso de Dois Irmãos do Buriti, 84 quilômetros de Campo Grande.
FORMALIZAÇÃO
O pedido formal para essa mudança no calendário escolar foi feito na manhã desta quarta-feira (13) pelo presidente da Assomasul, Juvenal Neto (PSDB), ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula, também participou do encontro.
"O adiamento do início das aulas na rede estadual para o dia 29 de fevereiro de 2016, para ajustar com o início das aulas na rede municipal, pois mediante essa situação de emergência que nossos municípios tem enfrentado em virtude das chuvas, torna-se inviável o início das aulas no dia 15 de fevereiro, conforme prevê o calendário escolar", informou ofício entregue ao governador.
DEFINIÇÃO
A assessoria de imprensa do governo do Estado respondeu que o pedido precisa ser analisado na Secretaria de Estado de Educação. Como a titular da pasta viajou para Brasília (DF) e volta nesta quarta-feira, é aguardado o retorno dela para que o tema seja colocado na pauta de reunião.
"Somente após o retorno dela será realizada a reunião. Não há nada definido ainda sobre como ficaria o calendário", informou a administração estadual, sem definir com exatidão a data da audiência.
SITUAÇÃO CRÍTICA
Em ato, o governo já reconheceu que 14 municípios estão em situação de emergência após terem sido atingidos por fortes chuvas.
A Assomasul divulgou que em 11 de dezembro do ano passado, o governador encaminhou ofício à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil explicando a necessidade de R$ 115,4 milhões para ações de socorro e assistência.
As cidades com reconhecimento do pedido de ajuda são: Tacuru, Naviraí, Itaquiraí, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Amambai, Iguatemi, Sete Quedas, Paranhos, Caarapó, Juti, Novo Horizonte do Sul, Japorã e Eldorado.
"Apesar disso, outras cidades também estão enfrentando o mesmo problema, devendo eventualmente decretar estado de emergência devido aos temporais registrados em todo o Estado nos últimos dias", explicou nota da associação.
Na última semana, outra chuva forte atingiu mais municípios, principalmente os que são cortados pelos rios Aquidauana, Coxim, Pardo e Miranda.