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Greve dos bancários surpreende clientes em Ponta Porã

07 outubro 2011 - 14h30
07/10/2011 14h30

Greve dos bancários surpreende clientes em Ponta Porã

Mercosulnews


Muitos clientes foram surpreendidos com a paralisação dos bancos em Ponta Porã. Até então, a cidade era a única do estado que não tinha aderido ao movimento. Hoje os pontaporenses que foram aos bancos se depararam com o aviso de greve.

No primeiro dia da paralisação os clientes não tiveram muita dificuldade para fazer serviços bancários tais como depoósito, saque e pagamentos nos terminais. A dona de casa, Gisele Daiane Bonfim, disse que ficou sabendo que os bancos estavam em greve quando chegou à agencia do HSBC. “Agora que fiquei sabendo, fui pega de surpresa. Hoje vim fazer depósito e não tive dificuldade. Tenho conta para pagar no próximo dia 10, pretendo pagar no terminal ou em casa lotérica”, disse Gisele.

O professor universitário Carlos Albanese, soube da greve dos bancários quando estava de passagem pelo centro da cidade. Segundo ele, a paralisação já era esperada. “Para fortalecer o movimento é necessário que todas as agências e funcionários participem da greve. Desejo que sejam atendidos em todas as reivindicações, porque isso vai beneficiar não somente a eles, mas toda a sociedade”, afirmou o professor.

Entre as reivindicações dos bancários que exigem reajuste salarial de 12,8%, também querem a valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados (PLR), abertura de contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, extinção de metas que consideram abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.

De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Ponta Porã, Carlos Colman, as agências têm funcionado com 30% do quadro dos bancários, respeitando a legislação. “Cerca de seis funcionários estão trabalhando em rodízio para a manutenção dos bancos, mas não atendem aos clientes”, explicou o secretário.

Segundo Colman, se as exigências forem atendidas pela Federação Nacional dos Bancários (Fenaban), não irão beneficiar somente aos bancários,mas também aos clientes. “Entre as nossas reivindicações em benefício à categoria, queremos mais segurança, também que faça a valer a legislação que obriga ao banco dar atendimento no máximo em 15 minutos. Tem legislação, mas não tem fiscalização”, disse o secretário.

De acordo com Colman, o tempo de atendimento tem extrapolado mais de uma hora. “Isso tem acontecido porque não tem novas contratações. O bancário hoje chega a trabalhar até 12 horas, sendo que a carga horária é de oito horas”, revelou o secretário.

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