De acordo com o Tribuna Livre, o primeiro a ser identificado pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) foi Antônio Ferreira da Silva, de 60 anos, proprietário da selaria e que em parceria com o Estado usava mão de obra de presos para produzir as peças. Ele era o responsável por entrar com os celulares no estabelecimento penal.
Antônio aproveitava a facilidade que tinha de entrar e sair do estabelecimento penal para entrar com os aparelhos celulares.
Na manhã de ontem, equipe do SIG realizou uma campana próximo a casa de Antônio e fotografou o momento em que Carla Fernanda Alves, de 21 anos, conduzindo um Chevette branco, chegou e lhe entregou um embrulho vermelho, encontrado depois com Antônio com quatro aparelhos celulares.
Carla era responsável por fazer a arrecadação dos aparelhos celulares na cidade e entregar a Antônio, que levava para o presídio. Muitos desses celulares eram furtados ou roubados na cidade, trocados nas “bocas de fumo” e depois iam para o presídio.
Antônio foi preso em flagrante no momento em que chegou ao presídio para trabalhar. Depois foi realizada uma busca na selaria de Antônio, dentro do Estabelecimento Penal de Paranaíba, onde foi encontrada uma garrafa térmica artesanal com fundo falso, algumas cabeçadas de madeira (para fabricação de arreios) também com fundo falso.
Uma caixa com um celular escondido dentro de uma meia, uma sacola com um carregador escondido dentro de erva de tereré e uma porção de 15 gramas de maconha em uma estante também foram encontrados.
Antônio e Carla foram presos em flagrante pelos crimes de associação criminosa e favorecimento real. Elivandro Pereira de Freitas, de 31 anos, marido de Carla, que já se encontra preso por tráfico de drogas, também foi autuado em flagrante pelos mesmos crimes.
As outras pessoas identificadas como sendo também responsáveis pelas arrecadações e entregas dos celulares serão indiciadas para responderem pelos seus crimes.
