quinta, 18 de abril de 2024
SAÚDE

Enfermagem de Ponta Porã iniciou greve por tempo indeterminado nesta manhã

27 maio 2021 - 10h00

A Enfermagem de Ponta Porã (MS) iniciou greve por tempo indeterminado, nesta manhã (27/05), o motivo é a proposta de congelamento do salário por parte do Hospital Regional Dr. José Simone Netto, que nas negociações salariais apresentou reajuste zero. 

Neste momento, a categoria está em frente ao hospital, em mobilização. O presidente do SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores da Área de Enfermagem do Mato Grosso do Sul), Enfermeiro Lázaro Santana, explica que apenas 30% da categoria continua atendendo e as atividades só serão retomadas após nova proposta da entidade patronal. "Aqui em Ponta Porã é o município com a menor remuneração à Enfermagem e agora, mesmo sabendo da realidade dos profissionais que tanto se esforçam no combate à Covid-19, o congelamento do salário seria penalizar ainda mais a enfermagem. A categoria não aceita perdas", destaca.

O diretor do SIEMS, Enfermeiro Sebastian Rojas, afirma que a categoria está aberta ao diálogo e que a greve foi a última alternativa após muitas tentativas de negociação. "A OS (Organização Social) que administra o hospital argumenta que depende de aporte financeiro do Estado e fica nesse jogo de empurra. A administração de hospital e qualquer empresa tem que estar a par e colocar em seus orçamentos a questão da reposição salarial, isso é fundamental. A Enfermagem tem suas famílias, seus compromissos financeiros, é preciso que seja valorizada", destaca.O movimento paredista não tem hora para terminar, o SIEMS informa que a Enfermagem ficará em frente ao Hospital e afirma que a greve só será suspensa quando houver negociação que seja respeitosa, sem perdas salariais. 

Entenda
Em março iniciaram-se as negociações salariais. O SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na área de Enfermagem do Mato Grosso do Sul) enviou a pauta de reivindicações para o hospital, com destaque para o reajuste salarial. Em abril ocorreu a primeira reunião entre sindicato laboral e representantes da OS, não houve consenso e 10 dias após, os gestores patronais responderam que dependem de aporte financeiro do Estado para reajustarem os salários.O contrato de administração é por meio OS (Organização Social), gerenciado pelo Instituto Acqua, o hospital atende população de mais de 200 mil habitantes dos oito municípios da região sul do Estado. Conforme contrato, governo estadual deve repassar um total de R$ 269,9 milhões para que ocorra a administração do hospital, sendo que o valor mensal repassado é de R$ 4.499.907, 64. A Enfermagem atende a macrorregião, que engloba oito municípios do Estado e até mesmo pacientes que chegam dos países fronteiriços.

Deixe seu Comentário

Leia Também

50+

Funtrab e rede supermercadista lançam 'Feirão da Empregabilidade' para contratação de profissionais

DETRAN-MS

Curso especial para condutores infratores ultrapassa 90% de aprovação

DESENVOLVIMENTO

Com R$ 3,2 bilhões, MS teve aumento de 227% nos investimentos públicos nos últimos três anos

TRAGÉDIA

Mãe e filho morrem e três ficam feridos em acidente no domingo de Páscoa