sexta, 29 de março de 2024
SAÚDE

Mães lutam pela liberação do uso de células tronco em casos de mielomeningocele

03 dezembro 2019 - 10h30Por Wender Carbonari/Dourados News

Grupos de mães em diversas cidades do Brasil estão se agrupando para pressionar as instituições para que sejam implementados políticas públicas de conscientização e garantias de tratamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para o tratamento de mielomeningocele, que é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas.

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência chegou a ir até Brasília (DF), na sede do Ministério da Saúde, há algumas semanas, pedir a liberação da utilização das células troncos no Brasil para tratamentos das sequelas causadas por essa situação. 

Além disso, as mães exigiram que seja definida uma data para representar a discussão sobre o tratamento e a garantia da cirurgia intrauterina como direito de todas as mães diagnosticadas durante a gestação, evitando que o bebe desenvolva a hidrocefalia.  

Estas informações são de Rejane Teófilo, de 35 anos, moradora no estado do Ceará, e que tem uma filha, Laura Valentina Teófilo, de 2 anos e 6 meses sofre os efeitos desta doença.  

Rejane, representante da Comissão, contou ao Dourados News que descobriu a doença da filha ainda com quatro meses de gravidez.

Existe uma cirurgia que pode ser feita nesse período, mas, na época, não foi possível realizar. Rejane explica que a situação da filha atualmente é preocupante sendo necessário uma série de cuidados e medicamentos diários. 

O objetivo com a campanha destas mães que tem filhos com esta doença ainda pouco conhecida é sensibilizar as instituições para que implantem medidas necessárias para tratar as gestantes ainda durante a gravidez, além possibilitar que crianças que já possuem a doença possam ser tratadas com utilização de células tronco. 

O que é mielomeningocele?

A incidência de mielomeningocele no Brasil é de 1 em cada 1.000 nascidos vivos. Em países desenvolvidos, já não há registros dessa patologia.

Trata-se de uma malformação congênita da coluna vertebral da criança em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas. Acontece entre 18 e 21 dias de gestação. 

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