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Dono de 36% de Valdivia se irrita: 'é mau-caráter e não vale nada'

Dono de 36% de Valdivia se irrita: 'é mau-caráter e não vale nada'

07 janeiro 2013 - 13h30
Terra



Em agosto de 2010, Osório Henrique Furlan Júnior desembolsou quase R$ 6 milhões para trazer Valdivia de volta ao Palmeiras e ficou com 36% dos direitos econômicos do meia. Hoje, o conselheiro do clube se cansou do chileno. Diante do sumiço do camisa 10 na pré-temporada, não poupou críticas ao jogador.

"Ele é um mau-caráter, não vale nada", disse Furlan sobre Valdivia, que prometeu ao gerente de futebol César Sampaio se reapresentar nesta segunda-feira, quatro dias depois de seus colegas - inclusive Marcos Assunção, que não renovou seu contrato - iniciarem os trabalhos na Academia de Futebol.

O chileno alegou ter passado as duas últimas semanas treinando em uma clínica em Santiago, que até divulgou fotos do esforço do atleta e prometeu um dossiê para pedir um trabalho diferenciado para o meia. Furlan tinha certeza de que Valdivia traria algum documento para escapar de uma multa. Mesmo se recusando a falar com ele.

"Não falo com ele. Meu nível é outro, não me rebaixo com quem faz pirraça", criticou o conselheiro, sem nenhum medo de desvalorizar o jogador com suas declarações. "Prefiro perder tudo. Graças a Deus, não me faz falta. Aliás, como me arrependi desse investimento. Foi o meu primeiro e último no futebol."

Apesar da irritação e da despreocupação em perder dinheiro com o meia, Osório Furlan faz questão de receber o que tem direito. Em julho, o conselheiro conta ter rido em conversa com o presidente Arnaldo Tirone e o diretor jurídico Piraci Oliveira por quererem forçar um prejuízo seu.

Na época, um clube do Catar ofereceu 4 milhões de euros (cerca de R$ 10 milhões no período) por Valdivia. Osório Furlan diz que ouviu dos dirigentes que seria obrigado a abrir mão de quase 1,5 milhão de euros a que tinha direito e aceitar 800 mil euros. "Avisei que Papai Noel no meio do ano não existe", relatou o conselheiro, gargalhando.

Por conta do episódio, ele diz não ter sido contatado em meio ao sumiço de Valdivia. "Ninguém me procurou, até porque não negocio absolutamente nada. Já falei que da minha parte não abro mão de nada. Se quiser emprestar, fazer qualquer coisa, que me deem a minha parte, nem que seja cedendo os direitos de outros jogadores", sugeriu.

Independentemente do que ocorrer com o meia, Furlan, que já adianta seu voto para Décio Perin nas eleições presidenciais que ocorrerão no dia 21, culpa a atual diretoria. O conselheiro crê que o poder de autoridade dos dirigentes acabou em julho de 2011, quando o atacante Kleber chamou o vice-presidente Roberto Frizzo de mau-caráter e seguiu no elenco até gerar novos problemas com o técnico Luiz Felipe Scolari e ser negociado com o Grêmio.

"De qualquer maneira, enquanto não se souber quem vai ser eleito no dia 21, nada vai mudar ali dentro. Quando o Kleber chamou o Frizzo de mau-caráter e foi deixado tudo por isso mesmo, ficou clara a falta de comando que deixou tudo do jeito que está agora, incluindo o time rebaixado. E com esse 'timeco', não sobe", criticou Furlan.

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