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Apesar do retrospecto, Argentina deve encontrar resistência sem Brasil

Apesar do retrospecto, Argentina deve encontrar resistência sem Brasil

07 outubro 2011 - 13h50Por Fonte: Matéria
A ausência da Seleção Brasileira e o número de vagas mantido indicam uma facilidade extra para a Argentina nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014, que se inicia nesta sexta-feira com quatro jogos. Mas o que os hermanos mais devem encontrar até 15 de outubro de 2013, a princípio, é resistência. Não somente do Chile, adversário da estreia a partir das 20h10m (de Brasília), no Monumental de Nuñez. Há poucos meses, na Copa América, muitas equipes mostraram que o futebol do continente evoluiu.

A começar pelo Uruguai, melhor sul-americano na última Copa do Mundo com o quarto lugar na África do Sul e campeão na Argentina em julho com direito a eliminação nos pênaltis, em Santa Fé. Além da Celeste, Paraguai, Peru, Venezuela, Colômbia e Chile também tiveram campanhas superiores e se credenciam a uma das quatro vagas diretas para o Mundial no Brasil. O quinto lugar ainda disputa uma repescagem contra uma seleção da Concacaf – na última edição, o Uruguai derrotou a Costa Rica.

O time de Lionel Messi & Cia., no entanto, tem a favor um retrospecto para lá de convincente. Em todos as eliminatórias que o Brasil não jogou, a Argentina fez bonito se classificou. Para 1962, o sistema eliminatório era apenas de um mata-mata – a Albiceleste venceu o Equador em duas oportunidades. Quatro anos depois, Paraguai e Bolívia foram presas fáceis em um grupo: três vitórias e um empate, com paraguaios.

A mesma campanha contra os mesmos adversários se repetiu para a Copa da Alemanha, em 1974. Por último, em 1998, já nos pontos corridos, a Argentina terminou em primeiro, com oito vitórias e seis empates em 16 partidas. Ela não disputou a Copa em quatro edições: em 1938, 1950 e 1954 se recusou a jogar, enquanto foi eliminada pelo Peru em 1970.

Confira todos os grupos, jogos e sistemas das eliminatórias para a Copa de 2014


Como o passado não entra em campo, o técnico Alejandro Sabella preparou uma equipe considerada forte na medida do possível. O volante Javier Mascherano, suspenso, e o atacante Sergio Agüero, lesionado, são os desfalques mais importantes.

O atacante Carlitos Tevez, contestado pelas más apresentações na Copa América, ainda não foi chamado pelo treinador, que fará sua estreia oficial após amistosos contra Venezuela (1 a 0), Nigéria (3 a 1) e dois diante do Brasil (empate por 0 a 0 e derrota por 2 a 0). O craque Lionel Messi também vestirá a braçadeira de capitão também de forma oficial pela primeira vez.

Chile promete atacar


Sem muitas opções, Sabella irá optar pelo 4-4-2, com o astro do Barcelona fazendo companhia no ataque a Gonzalo Higuaín, em boa fase no Real Madrid. O Chile, por sua vez, irá manter o esquema utilizado desde a Era Marcelo Bielsa, o 3-4-3 com suas variações de acordo com as circunstâncias do jogo.

Em campo, o técnico Cláudio Borghi promete jogar de maneira ofensiva.

– Vamos jogar para ganhar. Não imagino uma partida do Chile mo contra-ataque. Imagino o Chile jogando de igual para igual. Vamos atacar e ser atacados. Vamos jogar com o desespero da Argentina. É a estreia (oficial) de Sabella. Se a Argentina não marcar nos primeiros 15 minutos, as coisas vão se complicar. Não ganhamos nunca na Argentina, temos que saber usar esse desespero – disse Borghi, que não contará com o melhor jogador da Roja, o atacante Alexis Sánchez, companheiro de Messi no Barça, lesionado. O zagueiro Pablo Contreras e o meio-campista Gary Medel também são ausências.

A motivação, pelo visto, também será das maiores: jogadores e comissão técnica acordaram com a Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) a premiação de R$ 455 mil pela partida.

Uruguai pega a Bolívia com trio ofensivo

Em outro jogo da rodada, o Uruguai receberá a Bolívia, às 16h (de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevidéu, com todas as suas estrelas. A dúvida era sobre a participação do atacante Edinson Cavani, do Napoli, mas ele se recuperou de lesão ao longo da semana e está confirmado pelo técnico Oscar Tabárez ao lado de Luis Suárez e Diego Forlán. O zagueiro Diego Lugano também irá a campo.

Equador e Venezuela, as 18h05m, no Olímpico Atahualpa, e Peru x Paraguai, às 22h15m, no Nacional do Peru, completam a sexta-feira. A Colômbia folga na rodada.

Confira as prováveis escalações:

Argentina: Andújar, Zabaleta, Burdisso, Otamendi e Rojo; Sosa, Banega, Braña e Di María; Messi e Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella.

Chile: Bravo, Jara, Ponce e Vidal; Matias Fernández, Isla, Carmona e Valdivia; Beausejour, Suazo e Pinilla. Técnico: Claudio Borghi.

Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia).

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