Clima continua favorável para o milho safrinha em MS
Clima continua favorável para o milho safrinha em MS
04 maio 2012 - 08h13Divulgação (TP)
As baixas temperaturas registradas nos últimos dias em Mato Grosso do Sul não prejudicaram as boas perspectivas para a safrinha de milho no Estado. É o que aponta o levantamento feito pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul de MS (Famasul). “Não tivemos geada e o clima ainda está favorável ao desenvolvimento das lavouras, que deve iniciar em junho sua colheita”, afirma o assessor técnico da Famasul, Lucas Galvan.
Os resultados esperados para essa safra são animadores. “Temos quase 20% de aumento da área plantada e de 33% em produção. Os preços atrativos do milho e a expectativa de boa rentabilidade fizeram o produtor investir”, aponta Lucas. A área plantada do grão aumentou de 953 mil hectares da safra passada de inverno para 1.1140 milhões de hectares nessa safra. A estimativa para produtividade é de 3.900 kg por hectare, enquanto a safra do ano passado foi de 3.600 kg por hectare. A produção saltou de 3,3 milhões para uma expectativa de 4,4 milhões de toneladas.
A região Centro Sul do Estado, onde se concentram as maiores áreas de plantio de milho, próximo às cidades de Maracaju, Dourados, Ponta Porã e Sidrolândia, não sentiram o reflexo das baixas temperaturas registradas nessa semana. “Não tivemos registro de geada nas regiões onde o milho está plantado e isso tranquilizou os produtores. Esperamos que as condições climáticas continuem favoráveis para alcançarmos nossa estimativa”, finaliza Lucas.
Para auxiliar os produtores rurais no planejamento e mitigação dos riscos climáticos que a agricultura está sujeita e oportunizar avaliações mais precisas da influência do clima sobre a produção do Estado, a Famasul, a Associação de Produtores de Soja de MS (Aprosoja MS) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) estão desenvolvendo um projeto de implantação de 20 estações meteorológicas. “Vamos ter informações que vão auxiliar o produtor na tomada de decisões”, complenta Lucas, que é também diretor executivo da Aprosoja MS.
O projeto foi apresentado ao secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Afonso Nobre, e, caso seja aprovado, Mato Grosso do Sul passará de 29 estações distribuídas em 22 municípios para 49 estações meteorológicas em 44 municípios, garantindo a cobertura das principais regiões produtoras do Estado.