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Divisão no PT atinge maiores colégios eleitorais do Estado

10 novembro 2011 - 10h51Por MS Já
O Partido dos Trabalhadores (PT) vem demonstrando ao logo dos anos em Mato Grosso do Sul, uma luta interna de poder em relação às duas grandes lideranças locais, o senador Delcídio do Amaral e o ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.

Além da briga interna na capital entre ambos e em Dourados no início de 2011, os dois agora travam uma batalha pela escolha do representante para concorrer no próximo ano à prefeitura de Corumbá.

De acordo com a imprensa da capital, os “problemas” na Cidade Branca envolvem o nome do deputado estadual Paulo Duarte, que já declarou ser pré-candidato ao cargo em 2012, que não seria aceito pelo senador, já que teria um acordo com o governador André Puccinelli (PMDB) para aquela localidade.

O fato porém é despistado pelo presidente do PT, Marcus Garcia, que alega que o partido não apresenta problemas de rixa entre os membros. Na manhã de quarta-feira (9), ele disse ao Capital News que a sigla sempre caminhou unida e que Duarte colocou seu nome à disposição para a disputa do pleito, e se for escolhido, será o representante para as eleições, com o apoio de todos.

As brigas internas entre os petistas são demonstradas publicamente. Em 2010 na campanha para o governo do Estado, Zeca do PT e Delcídio caminhavam em rumos opostos, com o senador realizando conversas com partidos da base aliada e de outras chapas, e alertando que seria candidato ao governo em 2014.

Zeca do PT não deixava barato e além de pedir votos para ele próprio, clamava por Dagoberto Nogueira (PDT) como seu candidato ao Senado Federal, e durante um comicío em Ponta Porã, chegou à dizer que só pediria votos para quem andasse junto dele, no caso o pedetista.

Passada as eleições gerais, a briga entre ambos ganhou outro destaque, o da junção ou não com o atual prefeito de Dourados, Murilo Zauith, até então no DEM, rival nacional e de ideologias políticas opostas às do PT.

Delcídio defendia uma grande aliança, entre as duas siglas para as eleições fora de época no município e fizeram imposições para que Murilo ingressasse na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) em troca de apoio político, com o PT indicando o vice para compor a chapa e algumas secretarias municipais.

Já Zeca se demonstrou contra e junto com a sua ala douradense, clamou à Executiva nacional do partido para tentar impedir a aliança, tentando emplacar o vereador Elias Ishy como candidato da sigla.

No meio do ano, a dupla, visualizando o futuro, tentou uma 'reaproximação' com ambos dizendo que o PT deveria caminha unido para comandar os maiores colégios eleitorais de Mato Grosso do Sul, inclusive, chegar ao Parque dos Poderes. Porém, até agora isso não aprsentou resultados.

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