O novo documento deve ser sacramentado por um colegiado do governo, o Conselho Monetário Nacional (CMN), em janeiro. As novas regras passam a valer no inÃcio da próxima safra, em julho. Um dos principais pontos de alteração serão os instrumentos de financiamento de estocagem para a agricultura.
Com eles, aumenta para o agricultor a possibilidade de "segurar" a produção e esperar o momento mais atrativo de remuneração, evitando que os estoques sejam desovados logo após a colheita, perÃodo de maior baixa de preços, apenas pela necessidade de capital de giro do produtor.
A separação dos recursos para "dentro e fora da porteira" facilitará a concepção de uma polÃtica agrÃcola mais eficiente, na opinião do principal responsável pelas reformulações, Gilson Bittencourt.
Com a separação, o secretário acredita que o governo saberá quanto está dando para a agroindústria e cooperativa, ou diretamente para o produtor. "O governo identificará os agricultores que venderam para a indústria e saberá quais produtos e quantidades de determinada safra já têm garantia", afirmou.
Os seis meses entre a aprovação e a entrada em vigor do manual serão usados para que as mudanças sejam absorvidas pelos produtores, a indústria e os agentes financeiros, na avaliação do secretário. "Esta foi minha última missão na Fazenda", disse.