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Famílias vão 'dividir' guarda de filhos de manicure assassinada

Famílias vão 'dividir' guarda de filhos de manicure assassinada

27 abril 2012 - 17h00
Regiaonews


Os filhos da manicure Laura Paes, de 32 anos, assassinada a golpes de canivete pelo marido e pai das crianças, no dia 19 de abril, serão criados por familiares do casal, em Campo Grande. Samuel Santos da Silva, 34 anos, foi preso no mesmo dia e, antes de ser detido, confessou o crime para um primo e até para uma atendente de telemarketing

Silva foi preso horas depois do crime. Segundo a Polícia Civil, o casal estava separado há um mês e ele não se conformava. De acordo com a família da vítima, 4 dos 5 filhos do casal presenciaram o crime na casa de Laura, no bairro Nova Lima.

A famílias da manicure e do suspeito entraram em comum acordo sobre a guarda das crianças, antes de procurar o Conselho Tutelar, já que a principal preocupação é manter os irmãos juntos. Os interessados em ficar com a guarda moram no mesmo bairro, na região sul de Campo Grande.

Segundo as famílias, essa proximidade facilita o convívio familiar dos irmãos, mesmo morando em casas separadas. A conselheira tutelar e psicóloga, Ana Paula Morilhas, disse ao G1 que o acordo entre as famílias favorece o processo de guarda. “Se não tivesse acordo entre eles e as crianças, cada um teria que entrar com uma ação judidial separada, o que torna o processo todo mais demorado.” explica.

Revolta
O filho mais velho, de 17 anos, é o único que não presenciou o crime. Ele deve ficar sob a guarda da avó materna, Tertuliana Paes, de 75 anos., com que já estava morando há 20 dias.

Já Ângela Aparecida Paes, 33 anos é sobrinha da vítima, e manifestou o desejo de criar a prima, a adolescente de 14 anos. Ela diz que a adolescente está muito revoltada com o que aconteceu.

A garota e os três irmãos mais novos estavam na casa com a mãe no momento do crime. Ela e o irmão de 9 anos ainda tentaram defender a mãe, agredindo o pai com pedaços de vidro e madeira, segundo a família.

Acompanhada de Ângela, a adolescente disse ao G1 que os pais sempre brigavam e agora ela só pensa em esquecer o que aconteceu. “Eu queria estudar para esfriar a cabeça, tentar esquecer a dor de perder minha mãe. Meu pai era um pouco ausente, porque tinha outra mulher. Ele ficava pouco tempo com a gente nas festas de Natal, Ano Novo porque ia pra casa da outra”, contou a jovem.

Problema psicológico
Silvana Santos da Silva, irmã do suspeito, entrará com pedido de guarda das meninas de 3 e 6 anos, e do menino de 10 anos. “Eu e a família dela combinamos isso antes de procurar a justiça”.

Silvana conta ainda que considerava a cunhada como uma irmã. “A Laura e meu irmão se conheceram quando tinham 10 anos, e depois de uns dois anos começaram a namorar, nós crescemos juntas”.

Para a mãe do suspeito, Ivani Santos da Silva, 53 anos, o filho deve estar com algum problema psicológico. Segundo ela, há alguns dias ele apresentava comportamento estranho. “Ele disse pra gente que não sabe o que fez, e nem sabe porque fez isso”, disse.

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