Em uma comunidade indígena de Douradina, Mato Grosso do Sul, vivem aproximadamente mil índios das etnias guarani e kaioá. Há cinco anos a Fundação Nacional do Índio realiza um estudo antropológico na área e o resultado foi publicado agora. A reserva poderá ter um aumento de área 30 vezes maior do que é atualmente.

A aldeia Panambi Lagoa Rica tem cerca de 400 hectares, mas de acordo com o estudo, passaria dos 12 mil hectares, aumento que preocupa os produtores rurais, já que grande parte das plantações ficam no entorno do município e podem se tornar território indígena.

Por enquanto, o estudo é uma portaria e ainda vai passar por um grande processo para que seja homologado. A vida de mais de 80 agricultores das cidades de Itaporã e Douradina, municípios incluídos no estudo, mudaria completamente na visão dos agricultores.

A portaria ainda não é uma decisão definitiva, os agricultores têm agora 90 dias para recorrer do processo e pedir revisão do estudo. De acordo com o Ministério Público, quem perder as terras por causa da demarcação deverá ser indenizado pela União.