quinta, 25 de abril de 2024

Governo adota nova medida para estimular entrada de dólares no país

Governo adota nova medida para estimular entrada de dólares no país

05 dezembro 2012 - 14h30
Valor e Reuters

O governo reduziu para um ano o prazo dos empréstimos externos sujeitos à alíquota de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Até então, os empréstimos com prazos de até dois anos pagavam essa alíquota. A mudança, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (5), visa estimular a entrada de dólares no país.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a redução do prazo tem o objetivo de permitir captações maiores das empresas em um momento em que o governo tenta estimular o investimento. "Estamos facilitando para que os bancos e as empresas possam captar recursos lá fora acima de 365 dias", afirmou o ministro.

"É uma conjuntura em que as empresas estão precisando de mais caixa", disse a jornalistas Dyogo Oliveira, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, acrescentando que espera um aumento do fluxo de dólares com a medida.

Na terça-feira (4), o governo anunciou uma medida que facilita o crédito ao exportador brasileiro, o que também deve favorecer a entrada de dólares e conter a alta da moeda norte-americana.

Alta do dólar
O dólar comercial fechou o mês de novembro com valorização de quase 5% e no patamar de R$ 2,13, maior valor desde maio de 2009.

O Banco Central tem atuado com mais força no mercado de câmbio desde o início da semana, visando fornecer liquidez e impedir uma alta muito rápida do dólar. A redução do prazo dos empréstimos externos afetados pelo IOF não era esperada no curto prazo e sinaliza que o governo pode estar se antecipando a um cenário mais desafiador para o financiamento de empresas no próximo ano.

O governo já havia alterado o prazo dos empréstimos sobre os quais incide a alíquota de 6% outras vezes neste ano. Em junho, em meio ao fluxo cadente, o governo decidiu reduzir esse prazo de cinco para dois anos. Em março, o governo tinha elevado os prazos, inicialmente de dois para três anos e, menos de duas semanas depois, de três para cinco anos.

O IOF passou a ser utilizado como um instrumento de combate ao que o governo chamou de "guerra cambial" em março do ano passado. Na época, o objetivo era conter a valorização do real.

Deixe seu Comentário

Leia Também

EDUCAÇÃO

Segunda parcela do Pé-de-Meia começa a ser paga nesta quinta-feira

GERAL

Moradores do campo ainda são mais afetados por insegurança alimentar

DIREITOS HUMANOS

Uma em dez famílias enfrenta insegurança alimentar moderada ou grave

EDUCAÇÃO

Sistema nacional reunirá informações sobre violência escolar