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Iagro inicia vacinação contra aftosa em regiões de risco no Estado

Iagro inicia vacinação contra aftosa em regiões de risco no Estado

17 outubro 2011 - 21h28Por CG News
Técnicos da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) já iniciaram a vacinação contra a aftosa em regiões consideradas de risco em Mato Grosso do Sul, por meio da Agulha Oficial, mecanismo utilizado para aumentar os índices de vacinação contra a febre aftosa.

Segundo informações da diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Galvão Rosa Carrijo, o procedimento foi adotado em assentamentos e aldeias indígenas.

“O produtor destas áreas, que considerarem ser necessária a antecipação, deve solicitar requerimento no escritório local do Iagro do município”, afirmou a diretora, ressaltando que serão levadas em conta as áreas de risco e que o órgão ainda vai analisar o pedido.

A campanha oficial de vacinação começa no Estado dia 1º de novembro. Carrijo destaca que alguns produtores pediram a antecipação.

O procedimento adotado pelo Governo do Estado se baseia em instrução normativa do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), no início do mês, que descartou a necessidade de antecipação da aftosa, no entanto, liberou os Estados para iniciar o procedimento em áreas consideradas de risco.

“Não sendo (área de risco), a data de vacinação continua a mesma”, explica Carrijo, que não soube precisar quantas propriedades já tiveram rebanhos vacinados por meio da Agulha Oficial.

A diretora-presidente da Iagro também afirmou que, quase um mês depois da confirmação do foco de aftosa no Paraguai, as equipes de vigilância na área de fronteira vistoriados mais de 1 mil propriedades.

A frente de trabalho reúne Iagro, DOF (Departamento de Operação de Fronteira), Exército, polícias civil e militar. A operação Boiadeiro, desencadeada pelo Exército para combate à aftosa, tem encerramento previsto para o mês que vem.

Questionada se a fiscalização perderá força sem o Exército, Carrijo declarou que confia na conscientização dos produtores rurais. “Nosso principal exército são os produtores. A experiência em 2005 foi dura e até hoje não houve recuperação financeira plena de alguns setores. Ninguém quer passar por isto de novo”, pontua.

“Além disso, o contingente policial do Estado continuará à disposição dos trabalhos. Temos investido no trabalho de educação sanitária”, complementa a diretora.

O governo Paraguaio confirmou no dia 19 do mês passado o foco de aftosa, surgido em fazenda no Departamento de San Pedro. Pelo menos 800 animais foram sacrificados. O vírus foi detectado em 13 cabeças de gado.


Superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) nos últimos 3 anos e meio, o engenheiro agrônomo David Lourenço, foi comunicado hoje de sua demissão do órgão por um telefonema do presidente do Ibama, Curt Trennepohl. Em entrevista coletiva na tarde de ontem (16)Lourenço confirmou que sua saída foi consequência direta da Operação Caiman, da Polícia Federal, que investiga irregularidades na criação de jacarés e na pousada mantida pelo médico veterinário Gerson Zahdi Bueno, funcionário aposentado do órgão federal.

Além da demissão, a direção nacional do Ibama decidiu fazer uma correição na superintendência estadual, segundo foi informado a Lourenço pelo presidente do órgão. Isso deve ocorrer já a partir da semana que vem.

O nome do novo superintendente ainda não foi definido, mas o PT pretende manter-se com prerrogativa de apontar o substituto, informaram na entrevista coletiva o deputado estadual Pedro Kemp e o vice-presidente do PT, Francisco Gevanildo dos Santos.

Ao anunciar sua saída do cargo, David Lourenço disse estar “tranquilo” quanto à investigação da Polícia Federal, que foi tema de várias matérias do Campo Grande News antes mesmo da Operação Caiman, desenvolvida no início do mês. Segundo ele, a situação provocou desconforto político em Brasília e por isso a direção do Ibama tomou a decisão de “praxe”, de afastar o dirigente máximo do órgão para que seja feita a apuração.

Explicações-A casa de Lourenço foi dos alvos de buscas feitas pela Polícia Federal com aval da Justiça. Ele disse que pelas informações obtidas por seu advogado, as suspeitas da PF se baseiam no fato de ser o dirigente máximo de um órgão que tinha um empresário que lida com a criação de animais trabalhando no setor que fiscaliza a fauna.

Também contribuiu, admitiu David, a transferêncai de Zahdi para o gabinete do superintendente, após ser retirado do setor de fauna, no meio do ano. Segundo ele, o funcionário foi “puxado” para o gabinete numa atitude humanitária, pois já não tinha condições de fazer as fiscalizações de campo devido à saúde debilitada. “Ele ficou apenas um mês e 15 dias no gabinete e neste período, trabalhou apenas 3 dias, o resto ficou de licença médica”

Para a PF, existia um sério conflito de interesses entre a atividade pública e a privada desenvolvida por Zahdi, uma vez que, no serviço público, ele fiscalizava justamente o setor onde atuava. Para os policiais federais, ele se beneficiou disso, e conseguiu enriquecer vendendo pele e carne de jacaré, no último caso sem autorização para isso.

Indagado sobre esse conflito de interesses, David ressaltou que o criadouro de Zahdi era autorizado há mais de 15 anos e nunca foi apontado qualquer problema ético.

Outra desconfiança da Polícia Federal é que o empreendimento nunca teve a fiscalização devida. Lourenço disse que, no período em que estava à frente do Ibama, nenhuma auditoria ou correição apontou problemas.

Para o fato de Gerson atuar justamente no setor de fauna, explicou que ele era o único profissional de Medicina Veterinária no instituto. "Ele tinha que atuar na fauna".

De acordo com ele, havia, por exemplo, a ida de fiscais todo ano, na época da coleta de ovos de jacaré da natureza, que precisava ser autorizada. “Agora, se os fiscais que iam deixaram de cumprir as obrigações, é preciso perguntar a cada um deles”.

Lourenço disse, ainda, que a investigação da PF começou um ano atrás, em ação conjunta com o órgão. "Essa ação começou depois que nós percebemos o alto consumo de carne de jacaré em Bonito".

E agora- Após três anos e meio como superintendente do Ibama, Davi Lourenço disse que vai voltar para o seu cargo no Governo do Estado, onde é funcionário de carreira.

Mas nem ele, nem os dirigentes do partido rejeitam a possibilidade de assumir um novo cargo federal. “Nós estamos aqui para dizer que depositamos toda confiança no David. Ele é um companheiro respeitado por sua competência técnica”.

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