Indústria abre mais de 2,8 mil vagas em 3 meses no Estado
18 abril 2012 - 09h50Por MS NotíciasO setor industrial de Mato Grosso do Sul, composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, abriu, nos primeiros três meses deste ano, 2.817 novos postos formais de trabalho, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego. No período, o destaque foi para o segmento da indústria da transformação, com a abertura de 1.349 vagas, enquanto a indústria da construção civil criou 1.279 vagas.
Ainda segundo informações do Radar da Fiems, o setor industrial foi o segundo que mais empregou nos últimos três meses, ficando atrás somente do setor de serviços, com 5.076 vagas, e à frente dos setores agropecuário, com 756 vagas, e comercial, com 211 vagas, sendo que o setor de administração pública teve saldo de 112 vagas no período. Além disso, a indústria mantém elevada a participação sobre o saldo total de empregos formais criados em Mato Grosso do Sul com 31,4% no ano, ficando atrás, somente, do setor de serviços que, em igual intervalo, responde por 56,6% do total.
Para se ter ideia, apenas no mês de março, o segmento industrial sul-mato-grossense gerou 1.439 postos formais de trabalho, correspondendo a 47,9% do total de novos empregos criados no Estado no período considerado, ficando atrás, somente, do segmento de serviços que, no mesmo período, registrou a abertura de 1.798 vagas, respondendo por 59,8% do total. Dessa forma, Mato Grosso do Sul, com o saldo obtido em março de 2012, alcançou a marca de 593.344 postos formais de trabalho.
Esse crescimento indica uma elevação equivalente a 1,98% sobre o estoque total verificado ao fim de 2011. Na mesma comparação, o estoque por segmento econômico passou a ser de 156.994 postos formais de trabalho no setor de serviços (+3,46%), 133.975 empregos na administração pública (+3,09%), 124.890 na indústria (+2,3%), 113.453 no comércio (+0,19%) e 64.032 na agropecuária (+1,13%). Com saldo acumulado em março de 2012, a indústria mantém a parcela de 21% de todo o emprego formal existente no Estado.
Índice de Evolução do Emprego
Já com relação ao Índice de Evolução do Emprego Formal na Indústria, o segmento industrial, na posição verificada em março, foi de 182,9 pontos, indicando um crescimento de 83% sobre o estoque do ano base de 2005, quando o setor tinha 68.269 trabalhadores. Na mesma comparação, o setor de serviços apresentou um índice de 157,4 pontos e crescimento de 57%, o comércio com 141,7 pontos (+42%), a agropecuária com 116,6 pontos (+17%) e administração pública, também, com 115,3 pontos (+15%), enquanto, no caso do emprego formal total em Mato Grosso do Sul, o índice de evolução alcançou a marca 141,5 pontos (+42%).
O Radar da Fiems constatou, deste modo, que no período compreendido entre 2005 e 2012, até o mês de março, o ritmo de expansão do emprego formal na indústria em Mato Grosso do Sul foi 29% maior que o apresentado pelo conjunto da economia estadual. Na mesma comparação, em relação aos segmentos de serviços, comércio, agropecuária e administração pública, o ritmo de expansão da indústria foi maior em 16%, 29%, 57% e 59%, respectivamente.
Na comparação com o mês imediatamente anterior, os índices de evolução do emprego no setor de serviços, indústria e comércio apresentaram desempenhos equivalentes a 1,4%, 1,3% e -0,1%, respectivamente, enquanto a administração pública e a agropecuária, na mesma comparação, não apresentaram alterações em seus índices. Por fim, quando comparado com igual mês do ano anterior, o Índice de Evolução do Emprego Formal apresentou o seguinte desempenho: emprego total (+3,4%), serviços (+6,0%), comércio (5,2%), indústria (4,9%), administração pública (0%) e agropecuária
(-0,7%).
NOTA TÉCNICA - A classificação utilizada pelo Sistema Fiems na apuração do emprego formal total existente nas atividades industriais do Estado utiliza-se do mesmo critério presente na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), organizada no âmbito da Comissão Nacional de Classificação (CONCLA), sob a coordenação de representante da Secretaria da Receita Federal e com a participação de representantes da administração tributária das esferas estadual e municipal e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por fim, vale ressaltar que este é o mesmo critério usado pelo IBGE no cálculo das Contas Nacionais para a apuração do Produto Interno Bruto (PIB) para o segmento industrial. A CNAE classifica como indústria as atividades pertencentes às seções B (indústrias extrativas), C (indústrias de transformação), D (eletricidade e gás), E (água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação) e F (construção civil).