"Maníaco da Cruz"; decisão sobre liberdade fica para semana que vem
"Maníaco da Cruz"; decisão sobre liberdade fica para semana que vem
09 outubro 2011 - 21h29Por Capital News
Continua apreendido na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã, o jovem conhecido como “maníaco da cruz” de 19 anos.
Como ele completou no dia 8, o tempo máximo de internação que é de três anos poderia ganhar a liberdade desde que obtivesse uma ordem judicial.
Ocorre que o pedido de liberdade protocolado pelo defensor público Eduardo Mondoni ainda não foi julgado.
Segundo ele, o pedido só deverá ser avaliado pela Vara Civil da Infância e Juventude de Ponta Porã na próxima semana, após o feriado.
O defensor solicitou a liberdade, ou que a Justiça conceda, pelo menos, uma semi-liberdade ou liberdade assistida.
“Ninguém pode ficar internado por mais de três anos”, argumenta.
Segundo ele, a Justiça já pediu um laudo psiquiátrico do rapaz, o que ainda não ficou pronto. “Estou pedindo que independente do exame, ele seja liberado ou, pelo menos, adotada uma medida mais branda do que a internação”, disse.
O advogado não opina sobre o quadro psicológico do jovem. Porém, informações de fontes da segurança pública, apontam que ele tem bom corportamento na Unei de Ponta Porã.
O pedido seria analisado pela juíza Larissa Castilhos Silva Farias, mas ela entrou em férias. Na semana que vem, caberá a algum juiz substituto decidir sobre o pedido de liberdade do jovem.
O caso
O adolescente foi detido no dia 10 de outubro de 2008, em Rio Brilhante. O rapaz confessou o assassinato das três pessoas depois de considerá-las “perdidas”.
As vítimas eram asfixiadas e colocadas em posição de crucificação.
Entre as vítimas do “Maníaco da Cruz” estava o pedreiro Catalino Gardena, morto no dia 24 de julho de 2008.
No dia 24 de agosto foi encontrado o corpo da frentista Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos, e no dia 3 de outubro de 2008, o corpo de Gleici Kelli Silva, de 13 anos.
O rapaz relatou que no caso das duas jovens ele fez um questionário, em que avaliou a 'pureza' das vítimas. Como ele as considerou perdidas, as duas foram assassinadas.
No caso de Gardena, a morte aconteceu após tentativa de prática sexual.
Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, foi a última vítima do “Maníaco da Cruz”.
Uma garota conhecida como “Carla”, de 17 anos, foi a única vítima que escapou com vida do assassino.