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MPE acata pedido e vai investigar supostas irregularidades no TJD-MS

19 janeiro 2012 - 21h50Por CG News
Desde que assumiu em 2007 o comando do Operário, time mais tradicional do futebol sul-mato-grossense, Antônio Vieira não fala a mesma língua da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).

No mês passado, o dirigente propôs no MPE (Ministério Público Estadual) denúncia contra o TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul) por supostas irregularidades na composição do órgão.

O Ministério acatou o pedido e abriu um Inquérito Civil, publicado na edição da última sexta-feira (13) do Diário Oficial do MP. O promotor de justiça Fabrício Proença de Azambuja está à frente do caso.

Segundo Vieira, várias denúncias de irregularidades no futebol de MS já foram feitas pelo Operário, porém, todas arquivadas pelo Tribunal.

A denúncia apresentada pelo cartola pede a “paralisação e reestruturação” do TJD, além do afastamento de dirigentes do órgão e da Federação. A peça mostra ainda supostas irregularidades e membros que acumulam funções em outras entidades esportivas e não atendem os requisitos do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).

Auditor do TJD, Marcos Borges Ortega é ainda presidente da Federação de Bicicross e secretário e tesoureiro da Federação de Biribol.

Marco Antônio Tavares, vice-presidente da Federação de Futebol, é ainda diretor esportivo da Federação de Biribol, membro do conselho fiscal da Federação de Bicicross e responde pela Federação de Tênis de Mesa.

“A Federação de Tênis de mesa, fundada em 2000, só tem uma ata. Não houve reeleição. E o pior é que todo ano fecha convênio com a Fundesporte [Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul]. Não tem endereço e usa o da Federação de Futebol”, acusa Vieira.

A denúncia cita ainda os nomes de Neide Fátima Nogueira Abdalla Tavares, tesoureira da Federação de Bicicross e membro do conselho fiscal da Federação de Biribol, e Polyana Abdalla Tavares, filha de Neide e Marco Antônio, que, além de auditora do TJD, é membro do conselho fiscal da Federação de Biribol.

Outro lado - O vice-presidente da FFMS, Marco Antônio Tavares, nega que seja auditor do TJD e, em nota publicada no site da Federação, garante que ingressará com representação solicitando o afastamento temporário do presidente do Operário “pelas falsas acusações que o mesmo vem fazendo ao longo do período desde que o Operário foi rebaixado para a Série B do Estadual”.

“O presidente do Operário tem se utilizado do Ministério Público, que não é Poder da Justiça Comum, para se livrar da desfiliação (prevista em Lei se o fizer) e eu nunca fui membro do TJD até por conta que seria ilegal. Ele esquece que calunia e injúria são crimes”, diz trecho do texto.

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