sexta, 19 de abril de 2024

MS é o terceiro estado a oferecer curso de meteorologia para jornalistas

24 outubro 2011 - 11h26Por Idest
O Estado de Mato Grosso do Sul promoveu pela primeira vez um curso de Meteorologia para jornalistas. “É muito importante essa interação entre o jornalista e o meteorologista”, disse o ministrante do curso, o meteorologista Gustavo Escobar, que nos dias 22 e 23 (sábado e domingo), ministrou o curso para jornalistas do Estado, na Casa da Ciência da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O evento teve o apoio do governo do Estado, por intermédio da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Agraer/MS).

“Esse tipo de curso deveria ser realizado com mais frequência e com mais módulos. Por que a meteorologia é muito ampla e se têm diferentes fenômenos meteorológicos. São temas bastantes complexos e às vezes difíceis de serem entendidos por pessoas mais leigas”, explicou Gustavo Escobar, que é doutor em meteorologia pela Universidade de Buenos Aires, Argentina. Há cinco anos vivendo no Brasil, Escobar é o coordenador do Grupo de Previsão de Tempo do Centro de Previsão do Tempo e Clima do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe), em Cachoeira Paulista/SP, um dos maiores e mais bem equipados centros meteorológicos da América Latina.

Escobar informou que, através do Cptec, até agora, já foram realizados três cursos de meteorologia para jornalistas no País. Há três anos ele ministrou o curso em Porto Alegre (RS), em maio deste ano no Cptec, em São Paulo e agora, em Mato Grosso do Sul. “A ideia é expandir esse curso, para melhorar o entendimento entre o jornalista e o meteorologista”, disse o meteorologista ao explicar que uma das soluções para melhorar a forma de divulgar informações sobre o assunto é “orientar o jornalista a escolher algumas áreas, ou seja, o telejornalismo com especialização na área científica. O jornalista vai ficar sempre trocando temas específicos relacionados à ciência. A meteorologia também é uma ciência”, afirmou Escobar.

Segundo ele, o jornalista não tem como conhecer todas as áreas. “Tendo um jornalismo específico para o acompanhamento científico já facilita. A pessoa já fica mais instruída e vai fazer curso de capacitação e isso vai melhorar, por que a meteorologia é muito complexa e não é tão simples. Além do meteorologista usar uma linguagem muito técnica é difícil repassar essa informação para o jornalista. O jornalista tem que pegar essa linguagem e transformar em uma linguagem mais simples para o público. Isso é um problema. Por isso é importante esse tipo de cursos para facilitar essa relação entre jornalista e meteorologista. A ideia é levar esse curso para outras áreas”, informou Escobar, lamentando sobre o pouco tempo que teve para repassar as informações sobre o assunto. “Tem muito material para repassar, em um dia e meio não dá para passar tudo isso”.

Agropecuária

O pesquisador da Embrapa de Mato Grosso do Sul o agrometeorologista Cláudio Lazzarotto, que no domingo (23) falou sobre a relação do clima com a agropecuária aos jornalistas, disse que a base econômica do Estado ainda está muito fortalecida e crescente na base da agropecuária. “Isso significa que em função da dependência que as essas atividades econômicas agropecuárias têm do clima, o curso é interessante por que ele amplia a possibilidade da comunicação do jornalista com sua clientela, com uma base mais científica e qualificada das condições do tempo e do clima, e a influência disso sobre suas atividades econômicas”, informou Lazzarotto.

Temáticas

Também ministraram palestra durante o curso os professores do Departamento de Física da UFMS, como o professor Moacir Lacerda que falou sobre descargas elétricas em Mato Grosso do Sul; professor Hamilton Pavão que abordou o tema sobre queimadas e o professor Edson Kassar que explicou sobre o monitoramento Bioclimático. Os jornalistas discutiram com o meteorologista Escobar sobre diversos temas dentre eles: tempo e clima; escalas temporais e espaciais dos movimentos atmosféricos; formações de nuvens; carta do tempo, ciclones, sistemas meteorológicos que influenciam o tempo em Mato Grosso do Sul; furacões e tufões, dentre outros assuntos importantes da meteorologia.

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