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PMDB paga caro por apoiar Serra em MS

PMDB paga caro por apoiar Serra em MS

24 janeiro 2012 - 10h42Por Correio do Estado
Mesmo assim, Dilma abriu a temporada de demissão dos peemedebistas “tucanos” lotados no comando dos cargos estratégicos em Mato Grosso do Sul. Ela está dando o troco por não contar com o engajamento do PMDB na sua campanha eleitoral. A maior vítima não foi um peemedebista, mas um integrante do PPS, Flávio Brito, ungido pela cúpula do PMDB para comandar a Funasa (Fundação Nacional de Saúde). A Superintendência era o cargo mais disputado pelos partidos da base aliada de Dilma por dar expressão político-eleitoral devido aos grandes investimentos em obras.

Com a demissão de Brito, o PMDB perdeu o direito de comandar orçamento estimado para este ano de R$ 100 milhões da Funasa para investimentos. Só com o saneamento básico, o órgão dispõe de R$ 70 milhões do PAC II para gastar em Mato Grosso do Sul.

Instrumento eleitoral
A Funasa foi um instrumento importante para as ações políticas do deputado federal Geraldo Resende e até do governador André Puccinelli. Tanto é que Flávio Brito era um afilhado político de Geraldo.

Os dois passaram a ter estreito relacionamento político quando o deputado era filiado ao PPS. Ele saiu e deixou Brito no partido, mas não abandonou o “velho camarada”. Foi Geraldo quem conseguiu, ainda no governo Lula, a nomeação de Brito na Superintência Regional da Funasa. Brito foi por cinco anos chefe de gabinete do parlamentar.

O PT quer provar que tem força no governo Dilma e vai agir para enfrequecê-lo ainda mais com a demissão de outros peemedebistas.

A ideia do PT é ampliar o seu espaço nos cargos federais em Mato Grosso do Sul. O partido já tomou do PMDB a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização em Reforma Agrária (Incra). O atual dirigente é Celso Cestari. Ele substituiu Waldir Cipriano Nascimento, sob as bênçãos do comando petista do Estado. Cipriano foi demitido depois de ser preso pela Polícia Federal com a acusação de participaar de fraudes no processo de reforma agrária. Ele é irmão do presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento.

O PT pretende ainda continuar controlando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o ex-deputado estadual Amarildo Cruz. “O nome dele já está na Casa Civil da Presidência para ser nomeado”, comentou o senador Delcídio do Amaral.

Outro cargo que ficou sob o comando do PT em Mato Grosso do Sul foi a Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O novo delegado é o ex-deputado federal João Grandão.

Anízio Tiago, embora seja filiado ao PDT, assumiu a Superintendência da Delegacia Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso do Sul com apoio integral do PT. “Anízio sempre foi um político identificado com o PT”, observou Delcídio. Na administração de José Orcírio dos Santos (PT), Tiago foi diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Agepan).

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