O presidente do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, deputado Rui Falcão, cchegou ontem à Campo Grande para sentir o clima, avaliar as forças internas e discutir com dirigentes e militantes do PT de Mato Grosso do Sul estratégias para as eleições municipais de 2012, além de temas como reforma política, conjuntura nacional e a revisão do estatuto do partido.

Em todas as questões, como é da natureza do PT, há divergências, mas nenhuma maior que a divisão em torno da política de alianças. O ex-governador Zeca do PT, principal liderança do partido, não admite nem a hipótese de ser colocada em discussão aliança com o PMDB do governador André Puccinelli. Já o senador Delcídio do Amaral, virtual candidato à sucessão estadual em 2014, nutre afinidade com os peemedebistas locais e não descarta o diálogo.

A agenda apertada do presidente do PT inclui reuniões com os membros da Executiva Regional, prefeitos e parlamentares. O ex-governador Zeca do PT se diz empenhado em preparar o partido para as eleições na Capital, em 2012.

“Precisamos montar um arco de alianças que dê sustentação em 2012. Vejo como aliados vários partidos, como PDT, PSB, PC do B, PP e PSD. Se fizermos 30 prefeituras entre estes 7, 8 aliados, ganhamos força. A campanha de Delcídio para o governo em 2014 fica mais forte”, analisa Zeca, reconhecendo que há pelo menos uma unanimidade - disposição de ganhar força para a sucessão de Puccinelli.

“Em Campo Grande, com uma chapa boa para vereadores, podemos fazer 6, 7 vereadores, como foi em 1996. Mas temos que ter uma chapa forte“, avalia.