O mês de outubro trouxe certo alívio para os consumidores que estão à procura de apartamento em sete das principais capitais brasileiras. O preço médio do metro quadrado desse tipo de imóvel subiu 1,6%, a menor taxa do ano, confirmando a trajetória de desaceleração observada desde abril do Índice FipeZap de apartamentos anunciados. Em setembro, o indicador havia subido 1,9%.

'É inegável que o momento hoje é diferente do de abril, quando o ritmo de alta do indicador era bem superior', afirma Eduardo Zylberstajn, economista coordenador do índice. Tradicionalmente, explica Zylberstajn, a tendência é de arrefecimento da elevação do índice entre o abril e outubro, que então volta a acelerar nos meses seguintes. 'Mas nós temos de esperar o próximo resultado para cravar se haverá aceleração ou desaceleração', ressalta.

Nas regiões. Entre todas as regiões, o preço médio ficou em R$ 6.032 no mês passado. O valor médio cobrado pelo metro quadrado nos bairros oscilou entre R$ 3.487 em Salvador e R$ 7.914 no Distrito Federal em outubro. Belo Horizonte fechou o mês com o metro quadrado valendo R$ 4.519 (alta de 0,7%), Recife, R$ 4.513 (+1,2%), e Fortaleza, R$ 4.230 9 (+1,2%).

Em São Paulo, os preços subiram 1,9% no período, para R$ 5.885 na média. Na região do Ibirapuera/Vila Nova Conceição, o metro quadrado médio ultrapassou o patamar de R$ 9 mil e segue como o mais caro da capital paulista. Na outra ponta da lista, vem Paraisópolis (R$ 2.466 o metro quadrado).

Em 12 meses, Rio de Janeiro (+40%) e Recife (+29%) lideram a expansão dos preços médios do metro quadrado dos apartamentos. A capital fluminense também apresenta as maiores variações no acumulado do ano até o mês de outubro, de 31%. Levando em conta um período mais longo, iniciado em janeiro de 2008, os preços dos imóveis já dispararam 148% no Rio de Janeiro.

No mês de outubro, o Rio de Janeiro registrou uma elevação de 1,9% do índice FipeZap, para R$ 7.218, e segue com o bairro mais caro do País - no Leblon, o metro quadrado não sai por menos de R$ 16.608. Em outubro, aumentou a diferença entre a localidade mais cara e a mais barata na capital fluminense. Agora, a disparidade é de 17 vezes, com o bairro Coelho Neto ocupando o fim da lista no Rio, a R$ 971 o metro quadrado.