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Saúde em MS confirma primeiro caso de morte por dengue em 2012

Saúde em MS confirma primeiro caso de morte por dengue em 2012

07 maio 2012 - 14h10
Midiamax


Maria José Fernandes, mãe do jovem Rafael Fernandes de Oliveira Domingos, morto em 23 de abril por dengue, disse que a médica Nayrelle de Alencar foi negligente com seu filho. Ela declarou Rafael recebeu alta e teve outros exames suspensos pela médica, que alegou que ele havia tido uma dengue bem fraquinha, “mas que já era hora de deixar o hospital”.

Maria José disse que está inconformada e que pretende procurar os órgãos responsáveis para saber se houve falha no atendimento médico.

“Meu filho lindo, ia completar 18 anos no dia 03 de maio. Nunca me deu trabalho, era um ótimo menino e agora acontece uma tragédia dessas. A gente vai para um hospital particular achando que vai ser bem atendido e o caso de reincidência de dengue dele foi tratado como uma virose. Estou inconformada”, lamentou a mãe do jovem. Ela disse que e no dia do aniversário dela, 29 de março, o filho apresentou sintomas da doença, reclamando de dores abdominais, nas articulações, de cabeça e febre.

Já na Clínica Campo Grande, foram pedidos exames de sangue para constatar se era mesmo dengue. “Durante quatro dias ele teve febre e dores pelo corpo e foram feitos exames de sangue todos os dias, mas ele não foi internado em nenhum momento, mesmo eu tendo informado que ele já havia tido dengue há cinco anos”, ressaltou.

Maria contou que no dia 5 de maio, foi pedido um ultrassom, pois os exames de sangue constataram que havia uma alteração nas enzimas do fígado de Rafael, o que poderia indicar uma hepatite medicamentosa. Contudo, no dia 17, o infectologista não conseguiu detectar o motivo da alteração. Nesse dia o adolescente chegou a freqüentar a escola, por conta de provas, mas sempre reclamando de dores de cabeça e tontura.

Jovem apresentou aparente melhora, mas não resisitiu

“De terça (17), a sexta (20), ele aparentava estar se recuperando. No sábado, ele pediu para ir lanchar com os amigos e acabou pegando uma garoa. Quando foi domingo de manhã meu filho acordou tossindo, com febre, dor nas costas e tontura”, lembrou Maria José. Ao percebeu o quadro de Rafael, ela levou o adolescente novamente ao hospital.

“Foi quando a doutora Nayrelle fez o atendimento. Ela puxou o histórico dele e me disse que o Rafael tinha tido uma dengue fraquinha, mas que o caso dele, no dia, não tinha nada a ver com esse fato e que a dengue já havia sido superada”, disse a mãe. Segundo Maria, a médica se baseou apenas o exame de sangue, suspendendo o de urina e raio X , dando alta e receitando soro, analgésico e antitérmico.

A mãe contou que por volta das 4h da manhã, o jovem passou mal e vomitou. Pela manhã, quando acordo teve mais um vômito. À tarde, ele vomitou pela terceira vez, quando ela decidiu levá-lo novamente ao hospital. “Foi tudo muito rápido. Ele sentou na sala para me esperar e quando eu peguei no braço dele para a gente ir ele disse ‘mãe, está ficando tudo escuro’, e desmaiou. Chamei minha mãe, um vizinho ajudou, corremos para o hospital, e ninguém dizia nada”, recordou.

Somente às 19h a família foi comunicada do falecimento. Rafael teve duas paradas cardíacas e a causa atribuída a morte foi edema pulmonar e edema cerebral. Para Maria, os médicos que atenderam seu filho deveriam ter sido mais criteriosos e pretende agora procurar os órgãos responsáveis para saber se houve alguma falha no atendimento médico

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