Em oito anos, dobra o percentual de cidades com coleta seletiva

20 OUT 2011 • POR Info Money • 00h37
O montante de municípios brasileiros que faziam a coleta seletiva dobrou em oito anos, ao passar de 8,2% em 2000 para 17,9% em 2008. Os dados fazem parte do relatório Atlas de Saneamento 2011, divulgada nesta quarta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Embora o percentual represente um avanço, os números ainda são baixos. Ainda mais levando em conta que, entre as cidades que ofereciam o serviço em 2008, apenas 38% o faziam em todo o município.

Além disso, o relatório aponta que eram grandes as disparidades regionais há três anos, estando este serviço concentrado nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, com um percentual superior a 40%, enquanto nas demais regiões o montante não chegava a 10%.

Desafios do saneamento básico

Apesar de persistirem diferenças regionais na abrangência municipal dos serviços de distribuição de água, de coleta de esgoto, de manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, o Atlas de Saneamento 2011 revela que, no período analisado, ocorreu um avanço no número de municípios cobertos pelo saneamento básico em todas as regiões do Brasil.

Entre 2000 e 2008, o País caminhou para atingir uma cobertura próxima à universalização dos serviços de manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, seguida dos serviços de abastecimento de água, que atingiram uma cobertura superior a 94% das cidades.

A comparação entre o número de municípios com rede coletora de esgoto, por sua vez, mostra que é nesse tipo de serviço que o Brasil tinha seu maior desafio, pois ele era o que apresentava a menor abrangência municipal em 2008, de apenas 55,2% para todo o País.

Apesar da menor abrangência, houve aumento na proporção de domicílios com acesso à rede de esgoto, que passou de 33,5% em 2000 para 45,7% após oito anos.

Relatório 2011

O Atlas de Saneamento 2011 faz uma releitura territorial dos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008, estabalecendo uma visão articulada das diferenças regionais existentes naquele ano, no que se refere à distribuição, abrangência e qualidade dos serviços de saneamento presentes nos municípios brasileiros.