Ações de delegados contra Imprensa repercutem fora do Brasil

Ações de delegados contra Imprensa repercutem fora do Brasil

20 OUT 2011 • POR • 06h35
Mercosulnews


A tentativa de delegados da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul que atuam ou atuaram na região de fronteira, de calar a Imprensa através de ações judiciais e pedidos de indenizações por ‘danos morais’, repercutiu nesta terça-feira (18) na imprensa internacional. As ações afrontam a liberdade de informação e expressão, podendo ser alvos de análises em reuniões da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e da organização não-governamental Repórteres Sem Fronteira.

Passando pela discussão de entidades de direitos civis e de defesa da democracia e da liberdade de imprensa, as iniciativas dos policiais, que surgiram após a divulgação de matérias jornalísticas e artigos contrários aos interesses das autoridades, podem culminar com documentos que estas organizações enviam regularmente ao Governo Federal. Os delegados acusam os meios de comunicação de ‘calúnia e difamação’.

PONTA PORÃ

Um dos exemplos é a ação que movem o ex-delegado regional da Polícia Civil em Ponta Porã, Sebastião Portes de Cerqueira, a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Sônia Maria de Andrade e a delegada adjunta da DAM, Sônia Barbosa Figueiredo. O motivo? Um artigo de opinião do escritor e jornalista Paulo Rocaro, relatando a situação caótica em que se encontrava a Polícia Civil no município.

AMAMBAI

Em Amambai, um abuso cometido por um policial civil dentro de um ônibus de estudantes e a dificuldade dos acadêmicos em registrar a queixa, foram divulgados pela Imprensa e apesar de nenhum nome ter sido citado, o delegado Marcius Geraldo Cordeiro não gostou e moveu uma ação na Justiça contra os jornalistas e jornais que divulgaram a matéria, tanto impresso como virtuais. Ele exige o pagamento de indenização por ‘danos morais’.