Índios e agricultores estariam sendo torturados pela Polícia do PY

7 NOV 2011 • POR MS Já • 23h01
Com a disputa de poder entre o suposto grupo terrorista “Exército do Povo Paraguaio” e as Forças Armadas quem está sofrendo é a população rural e os indígenas dos Estados de San Pedro e Concepción, vítimas de tortura pelas forças oficiais. A denúncia é da Coordenadoria de Direitos Humanos do Paraguai do Comitê de Torturas das Nações Unidas.

Os dados foram apresentados pelos advogados Roque Orrego e Juan Martens e se referem à práticas desde 2005. A Polícia Nacional do Paraguai estaria abusando dos civis na busca dos supostos terroristas. San Pedro e Concepción estão sitiados há meses e no entanto as autoridades não conseguiram capturar nenhum guerrilheiro.

Índios Guaranis e pequenos agricultores estariam sendo vítimas de maus tratos para colaborar com informações, quando as autoridades se certificam que eles são inocentes, são liberados, porém, ninguém é punido pelas práticas desumanas.

“A impunidade continua sendo constante nos casos de tortura. Salvo, um caso dos denunciados, frente o Ministério do Interior e do Ministério Público, seguem as impunidades, sem que sequer sejam realizados atos jurídicos relevantes para esclarecer os fatos”, denunciam os advogados.

Os eventos se desenrolam à pouco mais de 500 km de Dourados e muitas famílias paraguaias ou descendentes que moram na cidade ainda tem parentes que moram nesses Estados.

Exército do Povo Paraguaio – EPP

O Exército do Povo Paraguaio seria um grupo paramilitar formado por ex-militares e civis que para uns defende uma reforma política no país vizinho e que par outros se trata de um ajuntamento de terroristas e bandidos. O grupo existiria desde 2007, mas, ganhou destaque no período de outubro de 2009 à maio de 2010, quando suas ações se intensificaram.