Ponta Porã

Agentes participam de capacitação para combater vírus chikungunya

26 NOV 2014 • POR Assessoria • 07h00
Capacitação de agentes de saúde para enfrentar chikungunya na fronteira Foto: Lucho Rocha

O Governo do prefeito Ludimar Novais (PPS), ofereceu nesta segunda-feira, dia 24, capacitação para que os agentes do setor de saúde possam combater de forma eficaz o chikungunya, vírus que vem se espalhando em vários estados do Brasil. Em Mato Grosso do Sul existem 33 casos suspeitos, com um caso confirmado, e em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, um caso confirmado com a doença.

Segundo o coordenador do setor de endemias e vetores, Edilson Melgarejo, a capacitação desta segunda-feira foi ministrada através de parceria com a Secretaria de Estado de Saúde. Um dos palestrantes foi Gilmar Cipriano, que é coordenador estadual de controle de vetores. O evento também contou com a presença de José Pedro, chefe do núcleo técnico de Dourados, e de Leôncio Delgado, coordenador do Senepa, do Paraguai.

Melgarejo disse que o secretário municipal de Saúde, Eduardo Rodrigues, convocou para a capacitação os agentes de controle de vetores, os agentes comunitários de saúde, enfermeiros e também foi convidada a vigilância em saúde do Paraguai. “O objetivo é preparar as equipes para enfrentar o vírus chikungunya da mesma forma que enfrentamos a dengue, sempre com ações intensivas em todas as regiões de Ponta Porã e buscando o desenvolvimento trabalho conjunto com as autoridades paraguaias.

Desde que chegou ao Brasil o chikungunya já infectou 828 pessoas, de acordo com balanço mais recente do Ministério da Saúde. O primeiro caso de transmissão interna do vírus no país foi registrado em setembro. Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue.

Quais são os sintomas?

Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.

Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.

Tem tratamento?

Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.


Como se prevenir?

Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.

Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.