Frigoríficos fechados no estado revoltam sindicalistas

9 NOV 2011 • POR Wilson Aquino • 18h33
Pelo menos seis grandes frigoríficos de Mato Grosso do Sul continuam fechados, deixando de empregar, no mínimo, 6 mil trabalhadores. As autoridades do Estado, inclusive o judiciário, deveriam atentar para isso e facilitar a reabertura dessas unidades para gerar emprego e renda na região. O levantamento e sugestão é de Rinaldo de Souza Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande e Região – STIAACG/MS.

Os próprios empregados de algumas indústrias que foram fechadas têm interesse de reabrir as atividades e tocarem o negócio por intermédio de cooperativas de trabalhadores. “Os trabalhadores têm condições sim de tocar os negócios e de trabalhar duro para colocar a máquina em funcionamento. Para isso, basta que as autoridades sejam mais flexíveis e facilitem essa entrada no mercado”, comentou Rinaldo citando como exemplo frigoríficos que fecharam em Campo Grande, Três Lagoas e Aquidauana, onde os trabalhadores já manifestaram publicamente o interesse de tocarem os negócios.

Em Itaquirai, Ambambai e Nova Andradina também existem unidades frigoríficas desativadas. Rinaldo sugere que o governo interfira e facilite a entrada de novos empresários na área já que alguns deles estão estruturados até para o abastecimento do mercado externo.

“Nossa carne é de primeira e estamos em plena safra. Logo, não justificam esses
estabelecimentos fechados, apodrecendo com a ferrugem. Precisamos ser mais dinâmicos na resolução de problemas que envolvem grandes estruturas como essas que estão paralisadas até por conta de questões jurídicas”, comentou Rinaldo que espera ser ouvido pelas autoridades do Estado e da União.