Farc matam quatro reféns militares na Colômbia
27 NOV 2011 • POR Reuters • 09h24O grupo de guerrilha colombiano Farc assassinou neste sábado quatro militares que estavam sendo mantidos como reféns há vários anos, no ataque mais duro do grupo rebelde desde a morte do seu líder supremo, Alfonso Cano.O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, disse que os militares foram encontrados mortos na selva, no Departamento de Caquetá, depois de confrontos entre as forças de segurança e integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
'Quatro militares sequestrados foram encontrados mortos com tiros de misericórdia... três deles tinham marcas de tiros na cabeça e um tinha marcas de disparos nas costas', disse Pinzón durante uma entrevista coletiva.
O ministro revelou que há 45 dias equipes militares realizavam uma operação na selva depois de receberem informações sobre a presença do grupo guerrilheiro e de alguns reféns naquela área.
O ministro da Defesa não divulgou as identidades dos quatro militares mortos pela guerrilha, mas, de acordo com fontes de segurança, entre eles estaria o sargento Libio José Martinez, o refém mais antigo em poder das Farc, sequestrado em dezembro de 1997.
O grupo guerrilheiro sofreu o pior golpe da sua história no inicio de novembro, com a morte de Cano, que foi morto durante um confronto com o Exército colombiano em uma área montanhosa em Cauca, no sul do país.
As Farc, consideradas uma organização terrorista pelos EUA e pela União Europeia, chegaram a ter mais de 60 reféns, entre políticos e membros das Forças Armadas.
No momento, pelo menos 11 membros da Forças Armadas seguem sequestrados em poder da guerrilha.
Entre os reféns que as Farc mantiveram durante muitos anos estava a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt e três norte-americanos, que os guerrilheiros tentaram trocar por centenas de membros do grupo que estão presos.
A maioria dos reféns, incluindo Betancourt, os norte-americanos e outros políticos de destaque, foram resgatados pelo Exército ou fugiram, enquanto as Farc libertaram unilateralmente alguns deles como um sinal de paz.