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Polícia deixa escritório de Delcídio e leva malote com documentos e dólares

25 NOV 2015 • POR Fonte: midiamax • 13h02
Os quatro agentes da Polícia Federal que faziam buscas e apreensões no escritório do senador Delcídio do Amaral (PT) na Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande, deixaram o local por volta das 10h desta quarta-feira (25), levando um malote com documentos e uma pequena quantidade de dólares.

Acompanhavam as buscas uma equipe de apoio do Ministério Público Federal e ninguém comentou sobre as apreensões. Mais cedo, um chaveiro foi acionado para abrir os dois sofres do local. Um deles estava vazio e o outro, com algumas notas de dólar.

O advogado Jail Azambuja compareceu ao local, onde ficou pouco tempo, alegando que foi impedido de acompanhar o trabalho da polícia.

Segundo Jail, os policiais o proibiram de acompanhar, alegando que ele precisava de uma procuração por escrito. O advogado questionou o pedido e prometeu entrar com uma petição no Supremo Tribunal Federal para pedido de providências.

“Isso é algo inédito. Eles pediram uma procuração escrita do senador. Um absurdo no processo penal. Isso pode ser feito oralmente”, protestou. Segundo Jail, a busca só está sendo acompanhada por duas pessoas pegas aleatoriamente como testemunha.

O advogado Valeriano Fontoura também acompanha as buscas, mas na casa do senador. Delcídio foi preso na manhã desta quarta-feira. A detenção foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal com alegação de que ele tentava conturbar as investigações da Operação Lava Jato.Delcídio havia sido citado pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, por suposta participação em esquema de desvio de recurso para compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Além de Delcídio, também foram detidos o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o advogado de Nestor Figueiró, Édson Ribeiro, e o banqueiro do BTG Pactual, André Esteves. A reportagem conversou com vários assessores do senador, de Campo Grande e Brasília, mas ninguém soube dizer o que está acontecendo. Eles alegam que tentam contato com o senador, mas não conseguem falar.