Empregados de atacadista desviaram R$ 500 mil em pagamentos fantasmas
30 NOV 2015 • POR Fonte: correiodoestado • 11h19O caso foi esclarecido no último dia 24 e mostrado na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), pelo delegado Reginaldo Salomão, na manhã desta segunda-feira (30). Segundo a autoridade policial, apesar de ter ocorrido desde o começo do ano passado, o caso foi denunciado somente no início deste mês.
Ele explica que Euredes era o mentor do esquema e exercia há 18 anos, a função de auxiliar administrativo na empresa. Ainda, que elaborou o plano de fraude durante férias de uma supervisora. “Desconfiava de uma série numérica e foi tentando até descobrir a senha do sistema de liberação de pagamentos. Então, convidou os demais que atuavam como motoristas terceirizados para ingressar no esquema”, disse Salomão.
O delegado explica que diariamente era desviado de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. “Grandes remessas de mercadorias compradas pelo Atacadão que tinham o frete incluso, ele pagava como tivesse sido cobrado. Com a senha que era restrita à supervisora, liberava os pagamentos para contas bancárias dos dois comparsas, diariamente. No fim da semana se encontravam e dividiam o valor. A fraude ocorria desde 2014 e neste período foram desviados cerca de R$ 450 mil”, pontuou a autoridade.
SUSPEITAS
Responsáveis pelo setor financeiro suspeitaram do desvio de dinheiro ao perceberem prejuízo na venda de algumas mercadorias. Foi feita varredura no sistema e a polícia comunicada. O chefe do esquema foi identificado por meio de rastreamento no sistema de informática. “Constatamos que uma segunda pessoa tinha a senha e verificamos que os acessos partiam da máquina que era ocupada por Euredes, sendo que ele não tinha autorização para tal acesso”, disse o delegado.
Euredes foi encontrado no dia 24 e encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. Em depoimento, revelou a dinâmica da fraude e apontou os comparsas. Antônio agiu no esquema até o fim do ano e saiu por medo de ser preso, enquanto os demais continuaram até o desvio de dinheiro refletir no prejuízo de vendas.
Todos prestaram depoimentos e foram liberados, já que não houve situação de flagrante. Responderão em liberdade pelo crime de furto mediante fraude e qualificado pelo concurso de pessoas.
Foram recuperados com os integrantes do grupo criminoso R$ 54 mil. A polícia trabalha para identificar bens adquiridos com o dinheiro ilícito e entrar com pedido de apreensão.
Em nota, o Atacadão afirmou que repudia a atitude do funcionário, confira o texto. "A rede informa que repudia integralmente a conduta do seu colaborador e dos demais envolvidos.
A companhia ressalta ainda que o fato é pontual e isolado e que não condiz com sua política comercial, em linha com a legislação vigente. A empresa segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações".