COI desconversa sobre Havelange, mas adverte dirigentes por escândalo

8 DEZ 2011 • POR Terra • 23h47
Terra


O arquivamento da investigação contra João Havelange, por conta de um suposto envolvimento com a ISL, antiga agência de marketing da Fifa, ainda causa desconforto entre os membros do Comitê Olímpico Internacional.

Nesta quinta-feira, durante a coletiva de imprensa de encerramento dos dois dias de reuniões do conselho executivo do COI, em Lausanne, na Suíça, o presidente da entidade, Jacques Rogge, se demonstrou incomodado ao comentar a situação do brasileiro, ex-membro da entidade.

"Eu não estou aqui para mostrar as minhas emoções e sentimentos, eu tenho que cumprir as minhas obrigações, não vou compartilhar meus pensamentos, os deixo dentro de mim", desconversou Rogge.

Quando perguntando se a imprensa teria acesso ao documento de investigação relativo a João Havelange e o que ele pensava sobre as acusações, mais uma vez o presidente preferiu usar poucas palavras. "O documento com a recomendação escrito pela comissão de ética sobre João Havelange é confidencial. O que penso sobre ele, guardo só para mim", disse.

Apesar de se esquivar das questões sobre Havelange, Rogge parece estar realmente preocupado com as questões éticas dentro da entidade. Isso porque outros dois membros do COI investigados foram punidos. Lamine Diack, chefe da Federação Internacional de Atletismo, e Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol, receberam uma recomendação (espécie de "alerta") por supostamente terem recebido dinheiro da extinta ISL.

"As recomendações são como um cartão amarelo e um cartão vermelho no futebol. Com o amarelo você continua jogando, com o vermelho você está fora do jogo", comentou o presidente do COI.