Sobram mais de 22 mil vagas por falta de mão de obra no Estado

Sobram mais de 22 mil vagas por falta de mão de obra no Estado

9 JAN 2012 • POR • 15h50
Correio do Estado


Mato Grosso do Sul enfrenta um problema endêmico de falta de mão de obra qualificada, com deficit de 22.750 vagas. Este gargalo prejudica diversos setores e vem atrasando as obras em até sete meses.


As soluções paliativas vão desde capacitar funcionários dentro das próprias empresas, importar trabalhadores de outros estados ou até mesmo contratar “quebra-galhos”, que resolvem a demanda, porém diminuem a capacidade de produção.

O caso mais grave continua sendo a construção civil, que contrataria de forma imediata pelo menos 7,4 mil funcionários. Somente para a instalação da usina de fertilizantes da Petrobras, que planeja acelerar as obras neste trimestre em Três Lagoas, são necessários 1,4 mil profissionais. “A maior falta é de pedreiros, mas também faltam carpinteiros, eletricistas, de tudo. O problema é a qualificação”, comentou Samuel Freitas, presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de MS (Sintracom/MS).

Para ele, a solução seria qualificar os informais. “Tem muita gente trabalhando, mas não conhece o que está se usando hoje em dia, como blocos ao invés de tijolos”, afirmou. O pedreiro recebe salário inicial entre R$ 1,2 mil e R$ 3 mil, e sem o profissional as obras chegam a atrasar sete meses no Estado. “A da Petrobras, por exemplo, temos que conseguir 1,4 mil profissionais, e não temos disponível hoje”, afirmou Jaime Verruck, diretor regional do Senai.