POLÍTICA

Ministro vai a Dourados e compara presidente Temer com Getúlio Vargas

Ele afirmou também que Temer é vítima de perseguição política

23 MAR 2018 • POR Da redação • 12h20

Durante visita em Dourados para discutir sobre a construção do Hospital do Amor, na cidade, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), disse hoje (23), que Michel Temer (MDB) é vítima da maior perseguição a um presidente da República eleito e em exercício na história do País.

O ministro chegou a comparar a atual situação do presidente com a de Getúlio Vargas, que morreu em 1954, após atirar contra o próprio peito.

Na época, ele cumpria seu segundo mandato e vivia período de crise no governo brasileiro.

“O presidente Temer é vítima da maior perseguição já estabelecida a um presidente da República em exercício da história do Brasil. Nem Getúlio Vargas foi perseguido de forma tão violenta”, relatou após evento na Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados).

Em seguida ele relatou sobre a possibilidade colocada em evidência pelo presidente de tentar a reeleição no pleito deste ano.

“O Temer tem resistido a isso e nos traz consequências nefastas e uma delas é que a população tem dificuldade em conhecer os avanços do nosso governo. Temos a expectativa de que, essa blindagem que impede com que a população ainda não avalie esses avanços, possa se romper. Quando tiverem [população] a noção do quanto nós avançamos nesse um ano e meio de governo, podemos ter um crescimento rápido de popularidade”, afirmou. 

Pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos, divulgada na quinta-feira (22/3) mostra que a reprovação do presidente no Brasil é de 94%, enquanto o nível de aprovação ficou na casa dos 4%.

PMDB e PSDB

Marun também foi questionado sobre a possibilidade de uma aliança com o PSDB no Estado após declaração do governador Reinaldo Azambuja durante a semana à imprensa da Capital. 

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual admitiu conversas com o MDB e falou sobre possíveis surpresas nos próximos meses. 

Para o ministro, essa proximidade só ocorrerá caso os tucanos abram mão da candidatura própria nas eleições. “Nós vamos ter candidatura própria, eu não sei se o PSDB vai nos apoiar. Essa seria a única forma [de aliança]”, disse.

O MDB tem como pré-candidato o ex-governador André Puccinelli, enquanto o atual comandante estadual deve ser o nome do PSDB no pleito em busca da reeleição.