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Com fome e sede, gado morre em MS e fazendeiro é multado em R$ 320 mil

21 SET 2018 • POR Da redação • 14h15
Havia no local, 100 coxos de plásticos, porém todos estavam vazios - Divulgação/PMA

Uma equipe de Policiais Militares Ambientais de Cassilândia recebeu denúncias de possíveis maus-tratos a animais, em virtude de abandono de gado sem pastagem, ou qualquer outro alimento e ainda com sede.

A PMA foi ao local na última quarta-feira (19/9), à tarde, e verificou tratar-se de uma fazenda de 300 hectares, que era arrendada pelo denunciado, residente na cidade de Jales (SP). A pastagem estava totalmente degradada, em grande parte apresentando somente a terra nua sem gramínea e o gado não conseguia mais retirar alimento.

De acordo com a ocorrência, havia 100 coxos de plásticos espalhados na propriedade, porém todos sem alimentos. Várias árvores apresentavam-se com a casca retirada pelo gado, na tentativa de se alimentar. No depósito de alimento havia apenas 25 sacas de ração.

Todos os animais estavam extremamente debilitados e não conseguiam mais nem ir até local com água para a dessedentação. 9 (nove) reses estavam mortas pela desnutrição. Com os dados passados pelo encarregado de cuidar do gado, a PMA localizou o proprietário da boiada ontem (20/9), que informou que havia no local 640 animais, incluídos os que morreram.

O infrator foi autuado administrativamente e multado em R$ 320 mil, e responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais. A pena é de três meses a um ano de detenção.

Ele ainda foi notificado a providenciar alimentação e pastagem e cuidados veterinários para o restante do rebanho.