DESVIO DE VERBA

Empresas investigadas na Cifra Negra embolsaram quase R$ 4 mi

10 DEZ 2018 • POR Da redação • 14h45
Divulgação

Quase R$ 4 milhões, essa é a quantia que as empresas investigadas na Operação Cifra Negra, desencadeada na semana passada em Dourados, na Câmara de Vereadores, pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, podem ter embolsado com contratos ilícitos. 

No total, o valor é de R$ 3,8 mi. 

De acordo com o Dourados News, os valores constam no Portal da Transparência da Casa, plataforma desenvolvida por uma dela, a ‘Quality Sistemas Ltda’. 

Além dela, a KMD Assessoria e a Jailson Coutinho ME entraram na mira do Ministério Público e são de propriedade de quatro pessoas presas na ação, entre elas Denis da Maia e Jaison Coutinho, além de duas mulheres que estão em prisão domiciliar.

Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (10/12), a presidente da Câmara, Daniela Hall, que os contratos serão rescindidos com essas empresas, porém, com cautela, principalmente por se tratar de serviços essenciais, como o Portal da Transparência.

“Não podemos de uma hora para outra interromper o serviço. Com ele emitimos as informações aos órgãos fiscalizadores como o TCE [Tribunal de Contas do Estado]”, afirmou.

Conforme material distribuído pela Câmara, a Quality Sistemas Ltda foi contratada para locação e cessão de software especializando em gestão, a KMD Assessoria Contábil e Planejamento aos Municípios Eireli – ME presta serviços de consultoria e assessoria técnica especializada aos departamentos administrativos, financeiro, contábil, recursos humanos e controladoria interna e Jaison Coutinho – ME, com atividades de controle do Legislativo, tais como cadastramento de biblioteca digital das leis, moções, requerimentos, indicações, entre outros.

No dia da Operação Cifra Negra, três vereadores, Cirilo Ramão (MDB), Idenor Machado (PSDB) e Pedro Pepa, acabaram presos e são acusados de suposto esquema de corrupção no local, que se tratava em fraudes em processos licitatórios.

Além deles e os quatro empresários, os mandados foram cumpridos contra o ex-vereador Dirceu Longhi (PT), o ex-servidor da Câmara, Amilton Salina e o ex-assessor parlamentar Alexsandro Oliveira de Souza. 

Propinas

Ainda de acordo com o Ministério Público Estadual, para garantir o esquema, essas empresas repassavam na época, valores aos vereadores a título de propina.