Maníaco da Cruz continua em Unei e Defensoria cogita hospital particular

Maníaco da Cruz continua em Unei e Defensoria cogita hospital particular

18 ABR 2012 • POR CG News • 08h42
Foto: Divulgação
Responsável por mortes em séries em 2008 no município de Rio Brilhante, Dhionatan Celestrino, de 19 anos, o Maníaco da Cruz, vai continuar na Unei (Unidade Educacional de Internação) Mitaí, em Ponta Porã, mesmo a Justiça tendo determinado internação compulsória dele em hospital psiquiátrico.

De acordo com o defensor público Astolfo Lopes Cançado Netto, o Estado ainda não tem espaço apropriado para o tratamento de saúde mental de Dhionatan. “Por enquanto não há local para ele”, fala o defensor, que cogita pedir que a administração estadual custei internação do jovem em hospital particular.

Nesta terça-feira, em Ponta Porã, foi realizada mais uma audiência sobre a interdição do jovem. Dhionatan foi interrogado. “Ele disse que preferia não ficar mais na Unei”, declarou o Astolfo.

Dhionatan está na Unei desde outubro de 2008. No ano passado terminou o prazo de internação dele. No entanto, laudo psiquiátrico indica que ele tem problema de saúde mental.

Diante disso, a Justiça determinou, em março deste ano, a internação compulsória do rapaz e até hoje o Estado não arrumou espaço apropriado para ele.

Conforme o defensor público, o Estado pediu que Dhionathan fosse levado para uma penitenciária, onde ficaria em ala específica para detentos doentes mentais. A Justiça indeferiu o pedido. “Ele não apresenta risco 24 horas por dia. Só quando é motivado”, explica Astolfo.

Diante disso, o jovem que aos 16 anos matou três pessoas na cidade onde morava por pensar que elas não seguiam o que determina a religião que diziam acreditar, vai continuar na Unei de Ponta Porã.

Segundo Astolfo, chegou a ser cogitada a internação de Dhionatan em hospitais do Rio de Janeiro e São Paulo. O defensor estuda pedir complementação da perícia médica no rapaz e, caso o Estado não providencie local para o jovem em 90 dias, vai pedir internação dele em hospital particular. “O prazo da Justiça já foi extrapolado. Os 90 dias foi o prazo que eu estabeleci porque já aí vai dar quase seis meses da determinação da Justiça”, finaliza.